domingo, 24 de julho de 2016

O Pafúncio e o sumiço dos políticos
O Flori de Lara me perguntou se o Pafúncio não achou estranho o que está acontecendo em São Miguel do Oeste. Estranho, Flori? Sim! Todo mundo sumiu.
O Pafúncio não entendeu nada, Flori.
Encontrei o Pafúncio, num dia desses, ali na Cooperfolga, aquele banquinho embaixo da árvore, perto da Caixa. Estavam tomando chimarrão com ele, o Daniel da Silva, o Antonio Carlos Souza Filho, oPaulo Ricardo Drumm, o Elino da Silva e Odacir Vitor Balbinot.
O Pafúncio queria saber quem é quem na política da aldeia. Cheguei e meti a minha colher.
Expliquei que o PP, do Gilmar Baldissera, que sempre foi forte na cidade, não tem nenhum vereador na Câmara. Na última eleição, o PP levou uma invertida e sumiu. A Maria Lucia Werlang Werlang, que era vice do Gica, sumiu há mais tempo.
O Nelsinho, que era presidente da Terra Viva, se elegeu prefeito pelo PT, mas também sumiu, depois que perdeu a eleição.
O Pafúncio quer saber quem era o vice do PT. Era o Vilson Watte, do PP, que também sumiu e não aparece mais na mídia.
PP e PT juntos? Sim, Pafúncio. Isso mesmo. Não Pafúncio. Não creio que seja por isso que o PP tenha ficado na estrada.
O PP anda dizendo que agora vai ter candidato a prefeito, mas não sei se o Gica topa voltar, Pafúncio. Tem muita gente que gosta dele, mas no governo do PT ele não apitava nada...
O Pafúncio quer saber do Luiz Basso, do Juquinha e do Neuto de Conto. Todos também sumiram da política.
Aí, Flori, o Pafúncio queria saber do Idelvino Furlanetto, do Ângelo Basso, do Pedro Bigode, do Gilmar Rigo, do Getúlio Mallmann e do doutor Alexandre Spessatto.
É.
O Pafúncio ficou ainda mais louco: todos esses políticos também sumiram!

sábado, 23 de julho de 2016

A loucura do Pafúncio
Conheci um sujeito, maluco de jogar pedra, que era a diversão da turma por onde passava. Chegava nos bares e ia se achegando à mesa, mesmo que metade da turma ele nunca tivesse visto. Era o Pafúncio. Sempre fiquei imaginando porque alguém colocaria no filho, um nome tão esdrúxulo, mas enfim... era o Pafúncio.
Depois de algum tempo o Pafúncio sumiu. Anos depois, descobri que estivera internado num hospital psiquiátrico.
E não é que dia desses encontrei o Pafúncio? Saiu do hospital. Está curado. E curioso. Como sempre folgado, queria saber de tudo. Sobre futebol, sobre política, sobre tudo.
Informei-lhe que a Associacao Chapecoense de Futebol está disputando a Série A e até ganhou do São Paulo, em pleno Morumbi, mas ele não acreditou. Disse que eu estava gozando com a cara dele.
Comecei a contar sobre a política.
Em Chapecó, o Milton Sander não é candidato a nada. Continua no PDS? Não. O PDS não existe mais. Hoje é PP. Não, Pafúncio. O Sander agora é do PMDB. Acredite em mim. É do PMDB!
Em Santa Catarina, o governador que era do PFL, Raimundo Colombo, foi para o DEM e hoje é do PSD. Era o queridinho da família Bornhausen, do Jorge e do Paulo Bornhausen lá pelos anos 90. Apoiou a candidata do PT, Dilma Rousseff. Te falo, Pafúncio. Sim, o PT tinha candidato a governador, mas não era Raimundo Colombo. Era o Cláudio Vignatti, aquele casado com a Marcilei Vignatti, meu vizinho lá do bairro Santo Antônio, em Chapecó.
- Como, Pafúncio? Ah, sim. Os dois estão apoiando a Dilma. Dois candidatos a governador, apoiando só um candidato a presidente. Eu sei que o Colombo era do PFL, mas hoje isso não tem mais importância.
Contei a ele que do outro lado, estavam dois candidatos a presidente. O Aécio Neves, do PSDB, e o Eduardo Campos, um cara desconhecido, lá de Pernambuco. Quem está apoiando eles? O Paulo Bauer. Sim, aquele mesmo que era do PFL.
- Sim, Pafúncio. É isso mesmo. Ele apoia os dois. Um candidato a governador e dois candidatos a presidente no mesmo palanque. Não Pafúncio. Não estou maluco.
Ai ele me lembra que tinha uma música do Raul que dizia: "quando acabar o maluco sou eu"...
Achei melhor nem contar para o Pafúncio que o Jorge Bornhausen e o Paulinho agora são socialistas....

quarta-feira, 20 de julho de 2016

De três a cinco
Começam a ser definidos os candidatos a prefeito e as coligações em São Miguel do Oeste. Agora, já dá para ter uma ideia mais clara do que pode acontecer nas eleições. Claro que o quadro definitivo só se terá após as convenções, pois até lá tudo é possível. Mas se nada muito fora do normal acontecer, a cidade pode ter de três a cinco candidatos a prefeito em diferentes coligações ou tendo partidos confirmando a intenção de concorrer com chapa pura.

Análise
Numa análise mais detida de cada chapa lançada até agora é possível prever desistências, confirmações e mudanças, antes do fim do período de convenções. É possível verificar que alguns nomes foram colocados para discussão na mesa de negociações, embora se tenha dito que os partidos concorrem em chapa pura. Também é possível verificar que algumas candidaturas não vingaram e dificilmente serão confirmadas. Faz parte do jogo.

Trevisan e Gica
A chapa lançada com maior antecedência já havia sido antecipada aqui. Wilson Trevisan, pelo PSD, tendo Gilmar Baldissera, pelo PP, como vice, parece ter sido consolidada e deve ser confirmada na convenção. Uma consequência imediata da confirmação da chapa deve ser o desembarque de secretários, diretores e comissionados do PSD que continuam no governo. É incompatível o partido concorrer contra o candidato do governo e continuar nos cargos.


Fávero e Dete
O PMDB anuncia chapa própria, com Airton Fávero como candidato a prefeito e Claudete Fabiani de vice. Mas a chapa pode não ser tão pura. Não foram encerradas as discussões e o partido admite abrir mão do candidato a vice para assegurar uma coligação. Um dos alvos preferenciais é o PDT, partido que sempre andou junto com os peemedebistas. E a vereadora Dete Fabiani tem problemas de saúde que complicam a sua participação na campanha.

Irton e Carlinhos
O PDT lançou os empresários Carlinhos Gerhard e Irton Lamb para concorrer em chapa pura. Da mesma forma que o PMDB, os pedetistas não descartam entendimentos e uma coligação que amplie as chances de vitória nas próximas eleições. O partido chega neste ano em sua melhor condição, tanto para eleição majoritária quanto para eleger vereadores. Os nomes lançados são novos e o partido não sofreu com as denúncias de corrupção, na Lava-Jato.

Moacir e Cris
O PSDB lançou os nomes de Moacir Fiorini e Cristiane Massaro na semana passada. É o que há. O partido ainda busca alianças, mas tem dois grandes desafios para superar. O primeiro é a possibilidade de coligação com o PMDB, que seria natural, não fosse a saída turbulenta de Cris Massaro do próprio PMDB. A segunda é a possibilidade de coligação com o PT. PSDB e PT, juntos, em São Miguel do Oeste, é uma incoerência gigantesca diante do quadro nacional. Resta o PSD, que já está com a chapa formada.

Juarez e Magrão?

Devido à possibilidade grande de alterações, analiso os nomes lançados pelo PT e pelo PPS juntos. O vereador Juarez da Silva foi lançado como candidato a prefeito, sem um nome de vice. A mesma situação ocorre com Decândido Magrão e o seu PPS. Pela impossibilidade de concorrer sem vice e a proximidade de ambos, que estiveram juntos no governo de Nélson Foss da Silva, é de se supor que cheguem facilmente a uma coligação. Pela lógica, poderia ser Juarez da Silva e Decândido. Ou vice-versa. Neste caso, se confirmadas estas chapas, seriam cinco.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

É agora
As próximas duas semanas serão decisivas para a definição de candidaturas e coligações. Como já era previsível, as conversas levam a projeções, conjecturas e alternativas. Uma conversa que tem sido avaliada com bastante probabilidade leva em consideração uma divisão na coligação governista. Na oposição, também, a indefinição é grande. O certo é que está chegando a hora e os acertos e amarrações terão que ser definidos até às convenções partidárias, no final do mês.

Inverte?
Uma das possibilidades mais citadas na semana que passou é a inversão de uma chapa que já aconteceu em São Miguel do Oeste. Gica e Wilson Trevisan concorreram contra João Valar, com o candidato do PP liderando a chapa. Agora, há grande chance3 de Wilson Trevisan, do PSD, concorrer com Gilmar Baldi9ssera, o Gica do PP, concorrendo como candidato a vice-prefeito. Nessa possibilidade, o PMDB fica fora da coligação.

Sozinho?
Está sendo avaliada uma possibilidade de o PMDB concorrer com chapa pura ou coligado na majoritária com o PDT. O certo é que o candidato do PMDB à prefeitura é Airton Fávero. O que tem sido cogitado nas discussões de bastidores é a possibilidade de uma chapa de Airton e Irton. O candidato a vice-prefeito seria o empresário Irton Lamb do PDT, que tem trânsito livre entre os peemedebistas. Essa chapa deixa fora o empresário Carlinhos Gerhard, que também se coloca como pré-candidato do PDT a prefeito.

Oposição
Se a indefinição bate à porta do governo, na oposição não é diferente. Há três grupos e apenas duas vagas numa eventual chapa majoritária. O PSDB, com Cris Zanatta Massaro, o PT e Decândido Magrão, do PPS. Daí, deve sair uma chapa, mas qualquer projeção é prematura. O pré-candidato do PPS, inclusive pode concorrer sem PT e PSDB, levando consigo os partidos menores, como PSOL e PC do B. Nesse caso, PSDB e PT formariam uma quarta chapa. Quatro chapas? Pouco provável.

Aposta
As coligações podem mudar a qualquer momento e as definições podem acabar sendo tomadas na undécima hora. Já tivemos eleições em que as coligações foram fechadas perto da meia noite do último dia. Pelo que se tem dos últimos dias, apostaria em três chapas.  Uma com Trevisan e Gica. Outra, com Airton Fávero e Irton Lamb. A oposição, com Decândido e Cristiane Massaro. Mas, logicamente, é só um palpite, uma aposta.

Histórico
Uma das novidades para concorrer à Câmara de Vereadores, pelo PMDB, é a pré-candidatura de Edi Bagetti. O empresário, que já esteve na linha de frente do PMDB e também do movimento lojista, deve confirmar a candidatura a vereador. Bagetti é uma das lideranças do PMDB que vem de longe, desde as lutas do antigo MDB, na ditadura militar, quando se buscava a redemocratização do país. Uma liderança histórica, que atuou ao lado de nomes como Neuto de Conto, Airton Macarini, Armelindo Mazzocco e Luiz Basso.

Saiu caro

Para quem imagina que a brincadeira dos jipeiros no gabinete do prefeito João Valar, saiu barato, engana-se. A filmagem que os jipeiros fizeram, dentro do gabinete do prefeito, quando ele não se encontrava no local repercutiu negativamente, inclusive com pedido de explicações na Câmara de Vereadores. É de conhecimento público que o prefeito João Valar é um sujeito bonachão, mas a história não ficou no “ora veja”. O Ministério Público multou o prefeito em 15 mil reais.