quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Confirmou
A notícia dada em primeira mão neste espaço, de que a Fundação São Camilo estaria deixando o Hospital Regional está se confirmando. Como o restante da imprensa divulgou nos últimos dias, a entidade já se prepara para sair de São Miguel do Oeste. Como vai ficar o Hospital Regional? Qual a solução que as autoridades e o Governo do Estado estão buscando? O certo é que não se pode deixar as coisas acontecerem sem nenhuma atitude, pois a questão é de saúde pública. Logo, essencial.

Demissões
Alguns profissionais já estão sendo desligados e o corpo clínico, formado por técnicos, enfermeiros e médicos do Hospital Regional já foi comunicado que todas as demissões vão ocorrer até o dia 15 de novembro. É certo que muitos serão recontratados, pois não há como tocar um hospital sem corpo clínico. Para alguns, todavia, o final do ano será de preocupações. E tinha gente achando que o final do ano deveria chegar logo, pois pior do que está não podia ficar...

Dúvidas
As eleições do ano que vem, em São Miguel do Oeste, estão chegando cercadas mais de dúvidas do que certezas. As mudanças de partido geraram um quadro de indefinições. As decisões judiciais colocaram muita gente fora do páreo. Ex-vereadores, prefeitos e ex-prefeitos, lideranças boas de voto, estão sem condições de disputar as eleições municipais, tanto aqui, quanto nos municípios vizinhos. Primeiro é preciso ver quem pode concorrer, para depois discutir alianças e composições.



Chapeú
Uma das grandes dúvidas que cercam a eleição é para saber com quem o Partido da República (PR) vai coligar. Na eleição passada o Partido Progressista (PP), o segundo maior da cidade em número de filiados e um dos mais tradicionais levou um tremendo chapéu, por erro de avaliação. Aliou-se ao PR, elegeu dois vereadores e ficou sem nenhum vereador na Câmara. Os eleitos, Idemar Guaresi e José Giovenardi, agora, dependem de alianças para continuar na Câmara. Alguém se habilita?

Não rolou
Um importante integrante do PT procurou, nos últimos dias antes do prazo final, a cúpula do PDT para verificar as condições de aceitação de uma mudança de partido. Sondou para saber como seria aceito junto aos brizolistas. Ficaria muito estranho. O líder petista é um dos maiores críticos do governo João Valar. Iria mudar o discurso, agora, para acompanhar os pedetistas? Iria continuar criticando, mesmo na base governista? O certo é que não rolou.

Terceira via
Na oposição (será?), o PSDB se reforçou para disputar a eleição majoritária. Trouxe Moacir Fiorini e Cristiane Zanatta com esse propósito. E agora? A proposta será criar uma terceira via? PMDB e PSD de um lado, PP e PT, de outro, e o PSDB correndo por fora? Nesse caso, seria necessário mais alguns reforços, alianças mais amplas para buscar musculatura suficiente para a disputa. Tem gente falando que o PSDB estadual estaria disposto a investir um milhão de reais para preparar o partido, já pensando na eleição presidencial de 2018.



Tríplice?
Se a ideia dos tucanos é concorrer pela oposição, sem terceira via, há uma dúvida enorme. O PSDB quer se fortalecer para 2018, contra o PT. O PT vai se coligar e ajudar a fortalecer os tucanos em São Miguel do Oeste? E como ficam os progressistas? O ex-prefeito Gilmar Baldissera já tem se colocado como candidato a prefeito. O PT abriria mão da chapa majoritária para viabilizar uma tríplice aliança? PT, PP e PSDB juntos? Como se vê, realmente as dúvidas são muitas.

Pérola
Essa ocorreu no debate da Rede Peperi, em Itapiranga. O prefeito VUNIBALDO RECH, hoje falecido, participava do debate quando foi questionado pelo mediador, MARCOS MELLER, sobre quais seriam as suas propostas para a Educação. Muito nervoso, VUNI remexeu em suas anotações, olhou para os lados e o relógio foi correndo. Ele não falava nada. MELLER repetiu a pergunta. O nervosismo aumentou ainda mais. O ex-prefeito, sem conseguir se achar na papelada, tascou: “essa eu passo!”. Só faltou chamar os universitários.


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Justiça
A corrida pela cadeira de prefeito de São Miguel do Oeste vai depender de decisões judiciais. Vários candidatos em potencial estão enrascados em ações, sentenças e liminares e ainda é cedo para dizer quem estará em condições de concorrer. De qualquer sorte, antes de definir os candidatos, será preciso ultrapassar a barreira judicial, que separa quem é ficha suja de quem é ficha limpa. Como existem sentenças recorríveis, ainda é prematura qualquer projeção.

Definido
Encerrado o prazo para mudanças de partido, o quadro agora está definido. Quem mudou, mudou. Quem não mudou, não muda mais. No final das contas, o número de mudanças nem foi tão significativo. Algumas lideranças importantes migraram de uma sigla para outra, já pensando nos espaços para a disputa majoritária, como foram os casos do ex-vereador Moacir Fiorini, e da presidente da Câmara de Vereadores, Cristiane Zanatta.

Tucanos mais fortes
Dois partidos tiveram reforços importantes. PDT e PSDB estão comemorando a aquisição de lideranças para a disputa eleitoral do ano que vem. Numa primeira análise, parece que os tucanos saíram mais reforçados, com o ingresso de Fiorini e Cris. O PDT também aponta lideranças empresariais e populares, que poderão reforçar a chapa para a eleição proporcional do ano que vem.

Sem líder
O PSOL de São Miguel do Oeste tinha uma referência no senador Randolfe Rodrigues. Uma liderança jovem, com ideias claras e um discurso que agrada a esquerda. Era fundador do partido e um de seus poucos representantes no Congresso Nacional. No final de setembro, o senador anunciou a saída da agremiação. Está ingressando na Rede Solidariedade, partido formado pela ex-senadora e candidata a presidente da República, Marina Silva. Quem também saiu foi a ex-senadora Heloísa Helena, que tomou o mesmo rumo. Deixaram o barco do PSOL à deriva.

Alto nível
Dia desses conversava com o Odacir Balbinot e ele reclamava da falta de pessoas em condições de manter uma discussão séria, de alto nível, a respeito de política. O senso comum, a avaliação rasa, é de que tudo virou uma bandalheira. Essa sensação não permite refletir sobre o que está ocorrendo no Brasil. O coletivo já percebeu que o mau-caratismo tomou conta da política, mas existem pessoas que raciocinam e buscam as saídas. Essas discussões a gente promove nas ruas. A fictícia Cooperfolga, um ponto de encontro na Santos Dumont, é um desses locais, como é a Boca Maldita, em Chapecó e Curitiba, ou o Ponto Chic, em Florianópolis.

Rumores
Crescem os rumores de que a Sociedade São Camilo não vai renovar o convênio para administração do Hospital Regional do Extremo Oeste. A entidade não está satisfeita com a proposta de repasse de recursos do Governo. Pelo convênio de terceirização, os camilianos entram com toda a mão de obra e os encargos e o Estado repassa os recursos necessários, sem precisar contratar novos servidores estatutários. Nestes tempos de crise, o dinheiro repassado mensalmente é insuficiente para cobrar as despesas do hospital. O contrato com o Estado vai até o final do ano.

Pérola
O ex-prefeito Pedro Rodrigues, de Barra Bonita, conhecido como Pedro Bigode, é talvez uma das mais folclóricas figuras da política da fronteira em toda a história. Inúmeras são as pérolas de Pedro Bigode, especialmente no rádio. Guardo muitas em meus arquivos, até porque tenho um grande carinho pelo ex-prefeito. Um dia, entrevistando Pedro Bigode na Rádio Peperi, ele relatou que o problema das chuvas e alagamentos estava ficando sério, pois continuava “chovendo pra cima, lá no Alto Caçador”. Realmente, em Barra Bonita, se bobear até chove para cima.