terça-feira, 20 de outubro de 2015

Justiça
A corrida pela cadeira de prefeito de São Miguel do Oeste vai depender de decisões judiciais. Vários candidatos em potencial estão enrascados em ações, sentenças e liminares e ainda é cedo para dizer quem estará em condições de concorrer. De qualquer sorte, antes de definir os candidatos, será preciso ultrapassar a barreira judicial, que separa quem é ficha suja de quem é ficha limpa. Como existem sentenças recorríveis, ainda é prematura qualquer projeção.

Definido
Encerrado o prazo para mudanças de partido, o quadro agora está definido. Quem mudou, mudou. Quem não mudou, não muda mais. No final das contas, o número de mudanças nem foi tão significativo. Algumas lideranças importantes migraram de uma sigla para outra, já pensando nos espaços para a disputa majoritária, como foram os casos do ex-vereador Moacir Fiorini, e da presidente da Câmara de Vereadores, Cristiane Zanatta.

Tucanos mais fortes
Dois partidos tiveram reforços importantes. PDT e PSDB estão comemorando a aquisição de lideranças para a disputa eleitoral do ano que vem. Numa primeira análise, parece que os tucanos saíram mais reforçados, com o ingresso de Fiorini e Cris. O PDT também aponta lideranças empresariais e populares, que poderão reforçar a chapa para a eleição proporcional do ano que vem.

Sem líder
O PSOL de São Miguel do Oeste tinha uma referência no senador Randolfe Rodrigues. Uma liderança jovem, com ideias claras e um discurso que agrada a esquerda. Era fundador do partido e um de seus poucos representantes no Congresso Nacional. No final de setembro, o senador anunciou a saída da agremiação. Está ingressando na Rede Solidariedade, partido formado pela ex-senadora e candidata a presidente da República, Marina Silva. Quem também saiu foi a ex-senadora Heloísa Helena, que tomou o mesmo rumo. Deixaram o barco do PSOL à deriva.

Alto nível
Dia desses conversava com o Odacir Balbinot e ele reclamava da falta de pessoas em condições de manter uma discussão séria, de alto nível, a respeito de política. O senso comum, a avaliação rasa, é de que tudo virou uma bandalheira. Essa sensação não permite refletir sobre o que está ocorrendo no Brasil. O coletivo já percebeu que o mau-caratismo tomou conta da política, mas existem pessoas que raciocinam e buscam as saídas. Essas discussões a gente promove nas ruas. A fictícia Cooperfolga, um ponto de encontro na Santos Dumont, é um desses locais, como é a Boca Maldita, em Chapecó e Curitiba, ou o Ponto Chic, em Florianópolis.

Rumores
Crescem os rumores de que a Sociedade São Camilo não vai renovar o convênio para administração do Hospital Regional do Extremo Oeste. A entidade não está satisfeita com a proposta de repasse de recursos do Governo. Pelo convênio de terceirização, os camilianos entram com toda a mão de obra e os encargos e o Estado repassa os recursos necessários, sem precisar contratar novos servidores estatutários. Nestes tempos de crise, o dinheiro repassado mensalmente é insuficiente para cobrar as despesas do hospital. O contrato com o Estado vai até o final do ano.

Pérola
O ex-prefeito Pedro Rodrigues, de Barra Bonita, conhecido como Pedro Bigode, é talvez uma das mais folclóricas figuras da política da fronteira em toda a história. Inúmeras são as pérolas de Pedro Bigode, especialmente no rádio. Guardo muitas em meus arquivos, até porque tenho um grande carinho pelo ex-prefeito. Um dia, entrevistando Pedro Bigode na Rádio Peperi, ele relatou que o problema das chuvas e alagamentos estava ficando sério, pois continuava “chovendo pra cima, lá no Alto Caçador”. Realmente, em Barra Bonita, se bobear até chove para cima.



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