A saída é dar nomes aos “%43@*@”
Que o governo está perdido, todo mundo sabe. Que colocaram um economista ortodoxo para cuidar de um projeto heterodoxo, todo mundo sabe. Que a coerência foi para a cucuia, arrastada para o ralo junto com a moralidade, também. Mas as últimas notícias de Brasília são, ao menos, curiosas.
Estava assistindo a manifestação do senador Lindbergh Farias, do PT, e quase caí do sofá! Ele pediu a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy!
Estão sendo votadas no Senado as emendas às medidas econômicas de ajuste fiscal, como os cortes nos benefícios previdenciários para a concessão de pensões por morte e as regras do seguro-desemprego. E parece que o Senado, ao contrário do que se vislumbrava, pode rever tudo isso que já foi votado.
Viúvas e viúvos, muitas vezes, são levados a se deslocar até o INSS ou aos bancos para provar que estão vivos. Uma insensibilidade que beira à insanidade. Mas vá lá. É melhor do que pagar pensão para mortos ou estrangeiros. Mas agora, pessoas que perdem seus companheiros ficam à mercê da ajuda de filhos e netos quando mais precisam, com as medidas propostas pelo governo. Cortar os benefícios dessa gente pela metade? Exatamente no momento de maior crise financeira do Brasil e do retorno da inflação?
E o drama dos milhares de desempregados? Não bastasse ao governo maquiar os dados, iludindo os incautos, para fazer ver um quadro irreal de pleno emprego, agora se tenta eliminar direitos, contrariando tudo o que foi prometido na campanha. Enganaram e continuam enganando. Cortar direitos no seguro-desemprego exatamente na hora em que o país enfrenta a maior crise de empregabilidade é como tirar a bóia salva-vidas na hora em que a pessoa está se afogando. Cadê a sensibilidade e o apoio na hora em que o trabalhador desempregado mais precisa?
Claro que existem desvios de concessão no seguro-desemprego. É certo que muitas pessoas usufruem do seguro-desemprego indevidamente. Mas isso se combate com fiscalização, não com cortes nos direitos! Fraudar o seguro-desemprego é crime e devem ser punidos tanto o empregado quanto o empresário fraudador. Fiscalizar é a saída. Jamais punir aqueles que realmente precisam do benefício.
O brasileiro já demonstrou a sua insatisfação com a classe política. Me parece que ainda está faltando mais. Está faltando nominar quem são os deputados e senadores que vem votando contra o povo. É assim que nós vamos conseguir defender os interesses da população contra esses parasitas encastelados em Brasília.
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