Três ou quatro
A pergunta que não quer calar só será respondida em junho: quem serão os
candidatos a prefeito de São Miguel do Oeste. Outra: quantos candidatos serão
este ano. Pela análise do quadro atual, eu apostaria em três ou quatro
candidatos. Um pelo governo. João Valar deve concorrer a reeleição. Caso não
queira ou não possa, complica. O nome de maior projeção seria o de João Carlos
Grando, mas ele não quer. Pela oposição, na minha avaliação, podem aparecer Arlindo
Decândido, pelo PPS, Cristiane Zanatta, pelo PSDB, e Gilmar Baldissera, pelo
PP.
Bombas
O ano promete ser movimentado na política local. Já tem gente garantindo
que tem denúncias de irregularidades contundentes e com boa base de provas, mas
que só larga na hora certa. Nem se sabe ainda quem são os candidatos, mas as
bombas estão sendo armadas para a disputa da prefeitura. Não se sabe ainda se
serão devastadoras, como prometem, ou serão traques, que podem fazer mais
barulho do que estragos. De qualquer forma, a campanha ainda está longe de
começar e a movimentação é intensa nos bastidores.
Mais curta
Este ano, a campanha inicia oficialmente no dia 16 de agosto. É um tempo
mais curto em relação aos anos anteriores. Reduziu de 90 para 45 dias. Pedir
votos, antes desta data, é crime eleitoral e o candidato pode ter a candidatura
cassado por realizar campanha antecipada. Sem falar na multa, que pode passar
de 30 mil reais. Na avaliação dos analistas, o prazo mais curto favorece os
candidatos com o nome mais consolidado entre os eleitores e cria problemas para
quem é pouco conhecido.
Como fazer?
Uma das maiores dificuldades que o PT vai ter nas
eleições deste ano é desvincular os candidatos locais dois escândalos que
tomaram conta do país nos últimos dois anos. Se a corrupção, CPIs e Operação
Lava-Jato causarem o estrago que se imagina, o partido corre sérios riscos na
eleição municipal. O certo é que o eleitor está de cara amarrada, não apenas em
relação ao PT, mas em relação a praticamente todos os partidos. E a campanha
corpo a corpo, como fica? Como fazer o contato direto, sem levar corridão de
eleitores mais exaltados?
Indefeso
Nos bastidores do PMDB há um certo desconforto com a
defesa do governo na Câmara de Vereadores. Próceres do partido entendem que a
bancada governista não tem rebatido as críticas da oposição como deveria. Em
alguns casos, até mesmo vereadores governistas tem feito críticas, o que deixa
o governo e especialmente o prefeito João Carlos Valar exposto e sem defesa. O
problema todo é que vereadores tem também seus indicados no governo. Quando não
defende o governo, coloca em cheque suas indicações. O certo é receber o bônus
e também responder pelo ônus de ser governo.
Tá valendo?
Havia um acordo, no início do governo. Quem assumisse
cargo no governo, não assumiria na Câmara de Vereadores. É uma forma de
valorizar os suplentes. Agora, Cássio da Silva saiu do governo, direto para a
Câmara. O acordo foi esquecido ou não está mais valendo? De qualquer forma,
Cássio da Silva terá a oportunidade de mostrar trabalho. Na secretaria de
Desenvolvimento Urbano, enquanto tinha dinheiro, ele foi bem. Acompanhava as
obras, as denúncias, as reclamações e procurava dar respostas. É um bom nome da
nova safra de políticos locais.
Charadas
- Os cardeais da Cooperfolga, o Senadinho de São
Miguel do Oeste, apostam na mais disputada das últimas eleições. Será?
- O povo está de saco cheio de políticos. O discurso
que mais faz sucesso é o da “negação”: não sou político, não vou concorrer, não
vote em mim...
- Três ou quatro candidatos a prefeito? O que você
acha?