Quem
será?
Esta
estória foi publicada no perfil do amigo Adilson Brugnara, advogado de
Anchieta. Ele escreveu que o fato não é de Anchieta. Ou é? Conforme ele, o
vivente exigiu para ser candidato à prefeito a singela quantia de R$ 70.000,00
para a campanha, mais 90 dias pagos, pois não poderá trabalhar. Além disso, se
não se eleger, quer a garantia de emprego no Governo do Estado, em Dionísio
Cerqueira ou Florianópolis. Aqui em São Miguel do Oeste, já houve leilão da
vaga de candidato a vice-prefeito. O candidato a prefeito reuniu os três
postulantes e mandou ver: o nome não me importa. Quem entrar com R$ 100.000,00
na campanha será o candidato a vice. E deu no que deu.
E
agora?
A
saída de João Valar do processo eleitoral muda tudo na campanha deste ano em
São Miguel do Oeste. É inegável o carisma do prefeito e a sua capacidade de
capitanear um processo eleitoral. É um dos poucos políticos da história da
cidade que disputou quatro eleições e venceu todas. A coligação governista
gravitava em torno da possibilidade de reeleição de Valar, sem trabalhar
alternativas, embora ele jamais tenha apontado com segurança que estaria
disposto a concorrer. A importância do prefeito no processo era tanta que até
mesmo as tratativas na oposição levavam esse fato em consideração. Agora,
abrem-se as chances para muita gente.
E
o PMDB?
O
partido sempre teve candidato a prefeito, desde 1985, quando a cidade voltou a
ter eleições diretas, com o fim da área de segurança nacional. O nome da vez,
sem João Valar, é o de João Grando. Todavia, como já deixou claro, tem como
projeto voltar a concorrer a deputado em 2018. Na fila, aparecem Airton Fávero
e Claudete Fabiani. Há quem fale, nos bastidores, até na possibilidade de o
PMDB não ter candidato a prefeito, numa composição que tivesse o PP, PDT e PSD.
Sendo o maior partido da cidade em número de filiados, tendo o prefeito e a
maioria das secretarias municipais, é complicado imaginar o PMDB longe da
cabeça de chapa.
Embolou
A
saída de Valar da disputa torna temerária qualquer projeção do quadro eleitoral
deste ano. Pode-se ter uma coligação dos sonhos do governo, com os maiores
partidos todos juntos, com nomes como do ex-prefeito Gilmar Baldissera,
compondo a chapa majoritária. Também pode ter PP, PSDB e PT, com o mesmo Baldissera,
embalando ops sonhos da oposição. A presidente da Câmara, Cristiane Massaro,
passa a ser uma possibilidade importante a ser considerada em qualquer
composição. Sem falar no fato do PDT já ter se movimentado e definido uma chapa
de pré-candidatos, com Carlinhos Gerhard e Irton Lamb.
Estranho
Quando
divulguei a chapa pedetista a prefeito e vice, teve gente que estranhou e me
abordou, questionando sobre a continuidade do partido nos cargos que ocupa no
governo. Realmente, concorrer com chapa própria, parece ser um posicionamento
de oposição, um contraponto ao governo. E a contradição explícita é continuar
nesse mesmo governo. A não ser que a definição adotada pelo partido seja apenas
uma forma de chegar na mesa de negociações com alguma carta na manga. Nesse
caso, a chapa anunciada fica apenas na intenção, no plano B. Se nada der certo,
o PDT sai com chapa própria. Será?
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