Sem aliança
O Partido dos Trabalhadores anunciou uma resolução a
respeito das eleições municipais de 2016. Nela, o partido se compromete a não
fazer aliança com políticos que apoiaram a abertura do processo de impeachment
de Dilma ou mesmo tenham votado nesse sentido no Congresso Nacional. Essa
proibição de alianças incluiu partidos como o PMDB, PSDB, PP e PR, partidos que
aqui em São Miguel do Oeste são importantes no processo. Na prática, as
alianças liberadas dop PT nacional são com o PC do B, PDT e PSol.
Exceção
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores
determinou que as alianças eleitorais nos municípios só poderão ser confirmadas
na Justiça Eleitoral após aprovação das direções estaduais. Isso quer dizer que
qualquer aliança diferente do que foi decidido este mês pelo Diretório Nacional
terá que ser referendada pelo Diretório Estadual. A diretriz para a aprovação
de aliança fora do que foi decidido é o caso de “cidades prioritárias”. Nesses
casos, além da liberação pelo diretório estadual a confirmação será dada pela
direção nacional.
Muda muito
Essa orientação de alianças pelo PT, no caso de São Miguel
do Oeste, praticamente isola o partido na hora de discutir coligações. Hoje, a
proximidade maior será com o PP, de Gilmar Baldissera, e o PSDB, de Cris
Massaro. Se não puder coligar com esses partidos, o Partido dos Trabalhadores
teria que lançar um nome próprio para concorrer a prefeito ou ficar fora da
disputa majoritária. Ficar de fora é praticamente impensável, diante da
importância eleitoral do PT. Afinal, pelo número de filiados e pelas votações
nas últimas eleições, o partido tem condições de disputar com candidato
próprio.
Coeficiente
O número de 13 vereadores a serem eleitos este ano vai
alterar substancialmente o coeficiente eleitoral para a eleição proporcional em
São Miguel do Oeste. O partido ou coligação terá que fazer em torno de dois mil
votos para garantir uma vaga na Câmara. Esse detalhe é importante para a
definição de estratégias de coligação ou de chapa pura para a disputa
proporcional. Desta vez é pouco provável que partidos importantes como o Progressista
fiquem de fora da representação legislativa.
Grotesco
O episódio envolvendo a igreja católica, com um religioso
fazendo proselitismo político-partidário e chamando adversários do PT de
demônios e mafiosos; de alguém ter feito (des)necessidades fisiológicas diante
do altar da cripta da igreja; e da Câmara de Vereadores se reunir para tratar
de uma moção sobre o assunto, com o plenário lotado de representantes de
movimentos sociais em defesa do padre, só pode ser classificado de uma forma:
foi grotesco. É lamentável que tais fatos tenham ocorrido. Mais lamentável
ainda é a repercussão que teve e que depõe contra a cidade, contra tudo e
contra todos.
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