Fechando
O governo
municipal está organizando o encerramento do mandato, com a redução do quadro
de servidores e a dispensa de comissionados. O prefeito João Valar e o
secretário da Fazenda, Pedro de Conto, trabalham em busca de um fechamento do
ano com as contas em plenas condições para que o novo prefeito, Wilson
Trevisan, assuma sem problemas. A Lei de Responsabilidade Fiscal é um
compromisso importantíssimo para eles e todos os gestores municipais neste
final de ano.
Decepção
Muita gente que
participou da campanha recebeu promessas de secretarias formuladas por
candidatos a vereador. Agora, com os candidatos eleitos, as primeiras promessas
começam a não ser cumpridas. Na verdade, vereador não pode garantir secretaria
para ninguém. Quem foi às ruas e vestiu a camisa pensando num carguinho na
prefeitura pode se dar mal. A nomeação de secretários e diretores é uma
atribuição do prefeito e não de vereador.
Como será?
Uma das
expectativas que está se criando em torno da próxima Câmara de Vereadores é em
relação ao desempenho do vereador eleito Odemar Marques. Como o mais idoso do
Estado, eleito até pela curiosidade de ter passado quatro anos trabalhando nas
ruas, com uma enxada e um carrinho de mão, o vereador surpreendeu a grande
maioria dos eleitores. Foram mais de 700 votos. E agora? Está chegando a hora
da verdade para o “novo” vereador.
Protesto
A eleição de
Odemar Marques ainda é motivo de análises e comentários, posto que foi a maior
surpresa da eleição. Muitos eleitores votaram no candidato em protesto contra
os políticos em geral. Ele era o candidato diferente, o inusitado, o contraditório,
num quadro de profunda decepção do eleitor com a classe política. Como forma de
atacar a mesmice, muitos eleitores votaram no improvável. Claro que também
muitos votaram em Marques por acreditar que ele pode fazer um bom trabalho. Mas
o protesto também é fato.
Estadual
Uma disputa estadual está iniciando este ano e será decisiva daqui a
dois anos. Quem será o sucessor de Raimundo Colombo? O empresariado de Chapecó
iniciou uma campanha para que o Oeste Catarinense tenha um candidato a
governador. Usa, para isso, uma mídia radiofônica exaltando as qualificações
econômicas do Oeste. E defende a contrapartida política. O problema é que o
êxito econômico não tem relação com o êxito político-eleitoral, que depende de
outras questões como a demografia e o desejo do eleitor.
Bairrismo
Esquecendo um pouco a aldeia, o lançamento de um candidato a governador
do Oeste é uma ideia que vem sendo alimentada, principalmente, pelo deputado
estadual Gelson Merísio, o verdadeiro nome forte do governo do Estado. Sem
bairrismo, o deputado Merísio se mostra um exímio articulador e já tem o nome
estadualizado. Resta saber se essa capacidade de articulação será suficiente
para ultrapassar a barreira regional, que sempre dificultou qualquer
candidatura do Oeste ao Governo do Estado.
Em casa
A disputa, dentro do PSD, entretanto, não é tão pacífica. Além de Gelson
Merísio, quem também se apresenta com disposição para concorrer a governador é
o deputado federal, João Rodrigues. O nome de João Rodrigues, que hoje está em
baixa, depois dos problemas com a Justiça e por ter batido de frente com
Raimundo Colombo, já foi bem mais forte na disputa pela sucessão estadual.
Rodrigues e Merísio são de Chapecó. Quem sair de casa vitorioso terá que buscar
a indicação no restante do Estado.
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