quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Nenhum
Por enquanto, nenhum catarinense foi denunciado por ter recebido propina, em forma de doação legal ou de caixa dois, através da Odebrecht. É lógico que ainda é cedo para comemorar, pois são 70 executivos e só um delator teve o conteúdo de suas revelações divulgado. O que anima é que está havendo um tsunami na política nacional e os catarinenses, por enquanto, estão à salvo. Procurei, no portal do TSE, nos relatórios da campanha eleitoral de 2014, mas ninguém declarou ter recebido nada da Odebrecht.

Normal?
Os executivos da empreiteira vem a público e dizem que pagaram para ver seus interesses defendidos pelos políticos, no âmbito do Congresso Nacional ou do governo. Isso é propina. Daí, vem os políticos e afirmam que tudo foi feito dentro da lei e declarado à Justiça Eleitoral. Tá bom, foi resguardado o princípio legal. Mas e a moralidade? É princípio constitucional. Declarado ou não declarado, se o objetivo era a propina, tem que ser denunciado e punido da mesma forma. Não há diferença entre princípios constitucionais. O mal feito dentro da lei é tão errado quanto o imoral.

Abandono
Diante da situação caótica do Brasil, torna-se até compreensível o abandono de algumas obras públicas. Qualquer investimento de maior vulto gera suspeitas de desvios, superfaturamentos e propinas. Mas existem situações em que é urgente a continuidade das obras públicas, pelos transtornos que causam à população. É o caso da BR 163. A situação é completamente vergonhosa, sem falar dos riscos que a população corre ao trafegar entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira.

Mobilizar
Será necessário, novamente, fazer mobilização para exigir a conclusão nas obras da BR 163? Toda a semana tem acidente grave. Tem gente morrendo nesta rodovia o tempo todo. O perigo é grande e um risco enorme para quem trafega nesse trecho. Sugiro, aos companheiros da mídia eletrônica, especialmente ao Adilson Baldissera, da Rede Peperi, e ao Wolmir Hubner, da 103, o lançamento urgente de campanhas pela conclusão da BR 163. É só assim que os políticos se sensibilizam diante das agruras da população.

Raspado
O cofre da prefeitura está raspado. Há uma grande preocupação da cúpula do governo com o fechamento das contas. Como o cobertor é curto, há necessidade de verificar o que é mais importante, do ponto de vista da Lei de Responsabilidade Fiscal. Afinal, Qualquer deslize pode representar problemas junto ao Ministério Público e o Poder Judiciário. Há informações sobre atrasos nos repasses a fornecedores. Os salários dos servidores públicos estão rigorosamente em dia. O cinto está sendo apertado e cada níquel vem sendo contado para cobrir o máximo possível, mesmo com um cobertor tão curto.

Indefinição
Muitas lideranças participaram diretamente da campanha do prefeito eleito, Wilson Trevisan, e não estão na primeira leva de escolhidos para participar do primeiro escalão do governo. Estão na expectativa do segundo escalão, com a nomeação de diretores e gerentes. A lista não deve sair antes do final do ano, já que a previsão é de preenchimento desses cargos só a partir de março. Nos tempos duros que o Brasil inteiro vive, uma perspectiva de aproveitamento, mesmo que em segundo ou terceiro escalão, faria um Natal e Ano Novo bem mais festivo.


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