quinta-feira, 23 de março de 2017

Imunidade
A Justiça reconheceu a imunidade e inocentou vereador de Romelândia, Flandes Schlindwein, em ação de danos morais promovida por advogada da prefeitura de Romelândia. O vereador criticou projeto elaborado pela assessora jurídica, afirmando que se fosse feito pelos alunos da Escolinha do Professor Raimundo sairia melhor. A juíza de Anchieta, onde tramitou a ação, entendeu que o vereador tem imunidade relativa e que a manifestação não ultrapassou os limites da crítica. Sem ofensas.

Precedentes
Em São Miguel do Oeste, já ocorreu processo devido a opiniões de vereadores, não só na tribuna, como na imprensa. O caso mais rumoroso envolveu o ex-presidente da Câmara, Raul Gransotto e o padre Domingos Costa Curta, após entrevista do vereador na Rádio Peperi. A Justiça também reconheceu a imunidade relativa e deu ganho de causa ao vereador. A Peperi também foi teve reconhecida a lisura de seus atos.

Mais uma
Agora, uma nova ação envolvendo opinião de vereador movimenta o Judiciário em São Miguel do Oeste. O vereador José Giovenardi está sendo processado pelo também vereador, Elias Araújo, devido a uma manifestação efetuada no ano passado, na tribuna da Câmara. Araújo disse que José Giovenardi teria feito um pronunciamento preconceituoso, em março do ano passado, e que o discurso teria sido transmitido através da Rádio Peperi.

Baiano
A suposta ofensa de Giovenardi seria afirmar que “para o prefeito ter mais secretários incompetentes teria que ir buscar na Bahia”, numa alusão à origem de Elias Araújo. Também teria dito que Elias só conhece de carnaval, por ser baiano, e que São Miguel do Oeste precisaria de alguém com vinculação à tradição gaúcha. O vereador, em seu depoimento na delegacia de Polícia, alegou que “de tantas pessoas que tinha na região, tinham que contratar um secretário da Bahia para isso?”.

É ou não é?
Ao fazer a relação de ser baiano à incompetência, José Giovenardi cometeu uma injúria? Qual a relação de uma coisa com a outra? A meu ver, há grande preconceito quando as pessoas ligam a origem de um cidadão à imagem preconcebida de determinados povos. Por exemplo: costuma-se dizer que italiano é sovina, alemão é teimoso e isso é preconceito. Não é por ser baiano, gaúcho ou italiano que uma pessoa tem determinada característica pessoal. A competência de alguém não se mede pelo local de nascimento.

Propina

O empresário Darci Zanotelli fez uma afirmação gravíssima na semana passada: a falta de pagamento de propina pode ter sido decisiva para as dificuldades de liberação da ponte Internacional em Paraíso. A ponte está concluída desde o governo do ex-prefeito José Fiorini – foi inaugurada em 1994 – e até hoje não foi liberada para o tráfego internacional. A rodovia está concluída nos dois lados da fronteira, mas a aduana ainda não existe, devido aos problemas na ponte.

 

Não pagou

Zanotelli apresentou documentos e fotos que comprovam testes e tentativas de liberar a estrutura há anos. Ele denunciou que um engenheiro do DNIT exigiu 20 mil dólares para liberação da ponte. Como o pedido não foi aceito, o impasse dura 27 anos. Para ele, há falta de vontade do DNIT para liberação do local. O engenheiro alega que a ponte suportaria apenas 30 toneladas, mas testes comprovam capacidade para 50 toneladas.

Grave
A denúncia do empresário é grave e deveria ser encaminhada para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. A região Extremo Oeste de Santa Catarina e a Província de Missiones vem lutando a décadas para ampliar a integração, a duras penas tem conseguido avanços, mas a ponte ainda é um entrave. Se o motivo é propina, a região não pode ser prejudicada pelo desvio de caráter de um engenheiro do DNIT. Há urgente necessidade de respostas do Poder Judiciário a essa questão posta por Darci Zanotelli.


quarta-feira, 15 de março de 2017

Nova ação
O Ministério Público ingressou, dia 6 de março, com uma nova Ação Civil Pública contra o ex-prefeito Nelson Foss da Silva, Idemar Guaresi, Luiz Cozer (Peninha), Ivan Corassa, Cooperastec e outras pessoas. A ação foi instaurada para apurar atos de improbidade administrativa em contratos públicos para obras de calçamento. O promotor Cyro Guerreiro Júnior denuncia, entre outras coisas, uso de laranjas, de materiais e servidores públicos, e de outros crimes contra a administração pública. Há denúncia até de ameaça de morte.

“O Patrão”
A ação número 08.2017.00030425-3 é pública e tem por finalidade responsabilizar os denunciados pela prática de atos de improbidade administrativa que importaram em enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e violação de princípios da Administração Pública, em fraudes em licitações públicas e uso indevido de serviços, bens e máquinas da prefeitura. O esquema era comandado pelo prefeito, citado nos autos como “Patrão”, como era chamado pelos demais envolvidos. É estarrecedora a forma como o poder público foi usado por uma quadrilha para usufruir de recursos públicos.

O esquema

A DIC de Fronteira ofereceu denúncia onde constata-se a prática de de fraude em licitações públicas e uso indevido de serviços, bens e máquinas, para obtenção de vantagens indevidas em procedimentos licitatórios, especialmente de calçamento e uso de operadores de máquinas, escavadeiras hidráulicas e caminhões. Sob o comando do ex-prefeito, do ex-secretário de Obras, Idemar Guaresi, aliado a Luiz Cozer, Ivan Corassa e outros, uniram-se num esquema de fraudes para dilapidar o patrimônio público, fraudando procedimentos licitatórios no intento de desviar dinheiro em proveito próprio.

Ameaça de morte

O processo instaurado na justiça, em São Miguel do Oeste, relata uma situação em que o ex-prefeito Nelson Foss da Silva, Idemar Guaresi e Luiz Cozer (Peninha) ameaçaram Ivan Corassa  de morte. Eles ofereceram 40 mil reais a Corassa para que este desistisse da licitação para obras de calçamento no Santa Rita. Como O pagamento seria feito em pó e pedrisco. Se Corassa não participasse
do certame, seria beneficiada a empresa, Barazzetti Construtora, que também participava do esquema. Foram efetuadas várias tentativas de dissuadir Corassa de participar e diante da recusa o ameaçaram de morte.

IPTU
São grandes as reclamações quanto aos valores do IPTU, cobrados este ano pela prefeitura. Algumas isenções para idosos foram cortadas, devido à atualização dos registros no cartório, e a averbação compulsória de ampliações de imóveis. Via de regra, tudo correto e feito dentro da legalidade. Os casos de erro podem ser revistos a pedido do contribuinte, mediante protocolo na prefeitura. A atualização foi efetuada a pedido do Ministério Público, no ano passado, e implementada este ano, após uma audiência pública realizada em 2016.

Melhorou
O mês de janeiro representou uma significativa melhora no nível de emprego, em São Miguel do Oeste. Se o ano de 2016 foi o pior da história, com apenas 92 empregos gerados, somente em janeiro, mês considerado fraco normalmente para a atividade econômica, foram gerados 69 novas vagas no mercado de trabalho. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego. Quem mais contribuiu com o bom resultado foi a indústria, com a geração de 32 novas vagas de alimentador de produção, e os setor de serviços, com também 32 vagas de auxiliar de escritório. Se mantiver esse ritmo, a tendência é chegar ao final de 2017 com número superior a 600 novos empregos, o que era normal, antes da crise.



quarta-feira, 8 de março de 2017

Confirmou
Na semana passada, a Justiça confirmou a tendência de condenação do vereador Milto Annoni, por compra de votos. Ele estava pessimista e já contava como certa a cassação. Annoni foi cassado devido à acusação do Ministério Público Eleitoral, que o denunciou em função de uma festa, com churrasco, realizada antes das eleições. O pessimismo do vereador foi relatado aqui, após ele revelar que a sentença poderia ser negativa.

Mérito
O advogado Luiz Pichetti, que defende Milto Annoni, já anunciou que vai recorrer da sentença do juiz Márcio Cristófolli, como já era esperado. Ele considerou a sentença dentro da normalidade e da legalidade, tanto em relação à decisão de cassação quanto à multa. Elogiou o juiz eleitoral de São Miguel do Oeste, mas discordou da decisão. O que Pichetti discorda e vai questionar no recurso é quanto ao mérito, pois entende que não ocorreu compra de votos.

Suspensivo
O que todo mundo pergunta é se o vereador Milto Annoni vai ser afastado do cargo. Na verdade, para todos os efeitos, ele está cassado. Agora, está em curso o prazo para que a defesa de Annoni entre com os recursos que entender adequados do ponto de vista jurídico. A apelação pode ser ofertada com pedido de efeito suspensivo, para mantê-lo o cargo. Se houver pedido de efeito suspensivo, couber e for concedido, o vereador continua no cargo até a decisão final. Senão...

Nabor
Por falar em Justiça, a vara criminal de São Miguel do Oeste condenou o ex-diretor de escola Nabor Correa a pena de 3 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão, em regime semiaberto, e ao pagamento de multa. A pena privativa de liberdade foi substituída por duas restritivas de direito: uma multa no valor de 15 salários mínimos e prestação de serviços à comunidade na proporção de um dia de pena por hora de trabalho. Nabor foi condenado porque em 2010 usou 3 cheques de uma escola estadual para pagamento de despesas pessoais. Um dos cheques era da escola e 2 da APP. Nabor pode recorrer.

Vergonha

O descaso para com as estradas catarinenses é uma vergonha! Se você andar pelas estradas estaduais e federais, verá que a maioria delas está igual à cara dos políticos do nosso estado. Todos se elegeram com a promessa de trabalhar em favor dos catarinenses. Já estamos no terceiro ano de mandato e nada. Pergunta-se: e a BR 163? Vai ficar tudo por isso mesmo e ninguém não vai fazer nada? Cadê o PAC? Cadê Pedro Uczai? Cadê Celso Maldaner? Cadê João Rodrigues? Cadê Jorginho Mello? Cadê Valdir Colatto? Cadê Dário Berger? Cadê Paulo Bauer? Cadê Dalírio Beber?

Mudanças
A reforma da Previdência prevê mudanças significativas. Para pior, é claro. Veja algumas das mudanças propostas pelo governo: agricultor terá que contribuir para se aposentar; idade mínima de 65 anos para se aposentar, homem ou mulher, urbano ou rural; pensionista terá que optar entre a pensão ou a aposentadoria; aposentadorias especiais terão idade mínima de 55 anos; servidor público terá que ser enquadrado nas regras do INSS; acaba a conversão de tempo de especial em comum; pensões serão de 50% do benefício do falecido, mais 10% por dependente; o valor da aposentadoria será de 51% da média, mais 1% ao ano adicional de contribuição e o tempo de carência sobe de 15 para 25 anos de contribuição.