IPTU
O governo quer rever os
valores pagos pelos contribuintes, a título de IPTU. O argumento é que há
distorções, com pessoas pagando valores irrisórios há mais de 30 anos. A
proposta encaminhada à Câmara de Vereadores muda a fórmula de cálculo do imposto
e vem sendo discutida pelo vice-prefeito, Alfredo Spier, e pelo prefeito,
Wilson Trevisan, com os vereadores de todos os partidos. Na última terça-feira
houve uma reunião de articulação na busca de uma maioria que possa aprovar a
mudança.
Distorções
Há casos absurdos de
pagamento de impostos irrisórios nos carnês de IPTU. Tem um vereador que está
pagando apenas 17 reais por ano, enquanto a maioria dos contribuintes,
inclusive os mais humildes, pagam mais de dez vezes esse valor. E os casos de
imensas áreas de terrenos baldios, que atrapalham o desenvolvimento da cidade e
são avaliados com valor venal ínfimo? Prédios inteiros, com valores fora da
realidade, há anos, enquanto os novos proprietários de imóveis são taxados em
800 ou mil reais por ano.
Contra
Muitos vereadores estão
resistindo e apostam que a mudança na base de cálculo do IPTU não passa na
Câmara. O problema é que, embora existam distorções, a mudança afeta todo
mundo. Serão penalizados todos os contribuintes por causa de alguns que foram
beneficiados a vida inteira. Quem sempre pagou certinho, também vai ter que
pagar mais. A resistência à proposta tem apoio de amplos setores da sociedade,
especialmente junto àqueles formadores de opinião. Pode haver gritaria.
Venal
O problema é que o projeto
do governo não mexe com o Calcanhar de Aquiles do IPTU. O grande problema está
no valor venal desatualizado dos imóveis. Tem prédio que vale 3 milhões, no
centro da cidade, mas nos cadastros está avaliado por pouco mais de 100 mil.
Daí, o imposto fica lá embaixo. O governo deveria, na verdade, fazer um mutirão
de reavaliação do valor venal de todos os imóveis, para cobrança do valor real
do imposto. Mas daí vai dar muito trabalho e vai mexer na ferida de alguns
poderosos da cidade.
Barulho
A relação entre a vereadora
do PT, Maria Tereza Capra, e o vereador do PDT, Odemar Marques, não anda lá
essas coisas. O vereador tem criticado a petista, sem disfarçar. Eles
discutiram após a manifestação de movimentos sociais que picharam o asfalto, na
Rua Coberta, no dia 7 de setembro. O pedetista disse que aquilo não era
protesto, mas vandalismo, enquanto a vereadora dizia que é democracia. Para
Odemar Marques, Maria Tereza tem uma visão distorcida de democracia, de acordo
com a visão que mais lhe interessa.
Inocente
Se a rusga com Odemar
Marques é uma notícia negativa, Maria Tereza tem motivos para comemorar. A
decisão judicial que a inocentou da acusação de crime de improbidade
administrativa em relação ao 14º São Miguel Tchê, evento
realizado em São Miguel do Oeste no ano de 2012, também foi comemorada pelo
advogado de defesa da vereadora, Luiz Cláudio Carpes. O Juiz criminal da
comarca de São Miguel do Oeste, Márcio Cristófolli, julgou a denúncia
improcedente. Ele fundamentou sua decisão argumentando que apenas “suposições”,
como quis fazer crer o MP, não seriam suficientes para que algum fosse
considerado culpados no processo.
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