Confirmando
A vereadora Cris Zanatta filiou-se ao PSDB. Uma grande aquisição para os tucanos de São Miguel do Oeste, não apenas por chegar à presidência da Câmara, como a conquista de uma cadeira no poder legislativo. Não se pode esquecer o potencial de votos que a vereadora agrega à sigla. Também é inegável que essa mudança altera o quadro político, pois Cris Zanatta aparece com potencial para a corrida majoritária. O PSDB está rindo à toa. Resta saber que caminhos o PMDB vai tomar diante dessa perda de força na Câmara de Vereadores.
Mudança
A saída de Cris Zanatta do PMDB foi uma iniciativa deixada para a última hora, mas não é surpresa alguma. Desde a eleição, no início do ano, com o PT e o PR, gerou-se uma situação insustentável, apimentada por declarações fortes e definitivas, de parte a parte. Nos bastidores, a crise era ainda pior. O PMDB analisou inclusive a possibilidade de expulsão, o que juridicamente era bastante difícil, já que a vereadora votou nela mesma na eleição da Câmara. Há um acordo que foi descumprido, mas isso geraria uma batalha longa e desgastante, que talvez não terminasse com o fim do mandato.
Para ambos
A saída da vereadora Cris Zanatta gera um evidente desgaste para o PMDB, mas foi a solução mais viável e sensata para os dois lados. O PMDB corria o risco de ter a presidente da Câmara concorrendo pela sigla e pedindo votos para a oposição. Ela é candidata nata e tem vaga garantida para concorrer. Não poderia ser barrada pelo partido. Já a vereadora, poderia ter uma campanha complicada, com o partido e filiados trabalhando contra durante o processo eleitoral. E mais: a briga nunca foi superada e a cisão era dolorosa para ambos. O desfecho foi dos males, o menor.
Perimetral
No governo do ex-prefeito Jarcy Antônio de Martini, o Gaplan, que era o Gabinete de Planejamento do Governo do Estado, através de convênio com a prefeitura de São Miguel do Oeste, elaborou o mapa da cidade. Em direção a Bandeirante, a cidade só ia até a Rua Oiapoc. O curioso é que havia um projeto de contorno viário, chamado Perimetral Oeste, que deveria cortar a área onde hoje é a UNOESC, interligando, na altura da antiga Ceval, à rua Dom Pedro II, no bairro Estrela.
Nada ainda
Passaram-se mais de 30 anos e a perimetral continua sendo um projeto. Acerca de 5 anos recebi um arquivo em Power Point mostrando o trajeto do contorno. Do papel, porém, só saiu uma parte, junto ao trevo de acesso a Paraíso, cuja obra foi interrompida por falta de recursos do PAC, do Governo Federal. O trajeto já não é mais o original, tendo sido estendido em direção ao Sul, passando agora pela Linha Santa Catarina e Alto Guamerim. Se demorar muito tempo, é provável que o trajeto tenha que ser novamente alterado.
Jornalista
Recebi uma cópia de duas folhas publicadas pelo jornal Voz da Fronteira. Ambas em “frente única”. O verso não trazia nada impresso. Uma publicação do dia 27 de julho de 1969. Outra, do dia 03 de agosto de 1969. Chama a atenção um texto escrito pelo Padre Aurélio Canzi, misto de padre, colonizador, conselheiro,
“médico”, guru e como se vê, também “jornalista”, mesmo sem diploma. Ele descreve a saga dos primeiros moradores da Vila Oeste: “Já com o nome de Vila Oeste, começa uma nova epopeia, que só os peitos de aço a poderão escrever”.
Pioneiros
Lideranças como o Padre Aurélio, Alexandre Tiezerini, José Brizola e outros foram os pioneiros da imprensa local e regional. A Voz da Fronteira foi um veículo que nos permite olhar o passado e entender de onde viemos. Temos novos “operários das letras”, como dizia o falecido João Vieda nas páginas do Diário da Manhã de Chapecó, Darcy Schultz, no Celeiro e no próprio Diário da Manhã, Ademar Baldissera, na Peperi, e hoje, Edson Furhmann e Euclides Staub, nas páginas do jornal Imagem, entre outros. No rádio, Adilson Baldissera, capitaneando a Rede Peperi, ou Wolmir Hübner, no Sistema 103. Estes são os “pioneiros modernos”.
Milagreiro
No mausoléu do Padre Aurélio Canzi, no alto da gruta Nossa Senhora de Lurdes, um grande número de pessoas acende velas, escreve, e deixa cartas com pedidos e com agradecimentos por graças alcançadas. Imagina-se que rezar pelo Padre Aurélio traga frutos e graças, senão não haveria por que agradecer. Como católico, acredito na fé e reconheço que o padre tinha grande ascendência sobre seu rebanho. Pelo sim, pelo não, elevo minhas preces pela alma do religioso. Um empurrãozinho, se for para o bem, não faz mal a ninguém.