Alvarás
Tem sido grande o volume de reclamações de pessoas
que buscam alvarás para funcionamento de empresas, escritórios e consultórios
em 2016 e se deparam com a exigência de obras de acessibilidade em prédios
antigos. São adaptações que vão desde banheiros para cadeirantes até
elevadores. Ao receber a informação de que não pode ser liberado o alvará sem
os requisitos, a maioria fica bravo e reclama muito da prefeitura. Afinal,
muitos prédios construídos há anos requerem grandes investimentos para cumprir
o que se exige.
Não dá!
Tem muitos prédios que não comportam as obras
exigidas para a liberação dos alvarás. À época em que foram construídos, esses
requisitos de acessibilidade não faziam parte das exigências para a liberação
dos projetos, que passaram pela prefeitura e receberam aprovação. Agora, por
exemplo, exige-se porta de banheiros por onde passe uma cadeira de rodas, coisa
que em muitos casos não é possível. Fazer o quê, se o espaço não comporta?
Derrubar paredes? Vender a sala? Motivos para reclamar existem aos montes.
Promotoria
O problema todo é que a prefeitura está sendo
obrigada a exigir obras de acessibilidade para liberar os alvarás. O Ministério
Público exigiu mais rigor e colocou a acessibilidade como uma condição
indispensável para a liberação. Está na lei. O problema é que muita gente não
está conseguindo cumprir o que está sendo exigido e vai ficar sem alvará. Um
problema sério, que pode comprometer negócios e inviabilizar locações de
imóveis. Talvez fosse necessário uma audiência pública para tratar
especificamente desses casos, para que a população possa opinar sobre isso.
Nova vara
Há uma mobilização intensa nos meios políticos e
jurídicos para a implantação de uma nova vara na Justiça Estadual em São Miguel
do Oeste. Liderados pela Ordem dos Advogados do Brasil, a reivindicação está
sendo encaminhada junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O deputado
Maurício Eskudlark, que também é advogado e delegado de Polícia Civil
aposentado está dando o suporte político para a reivindicação, na Assembleia. A
terceira vara cível é mais do que necessária no fórum de São Miguel do Oeste: é
urgente! A comarca não comporta mais apenas duas varas para a quantidade de
processos cíveis em tramitação.
Honra
Um leitor assíduo da coluna é o juiz Márcio
Cristófolli, da vara criminal de São Miguel do Oeste. Aliás, leitor assíduo de
todos os jornais da cidade. Não apenas leitor, mas um defensor da imprensa
local, cuja opinião é muito elogiosa. Pela honra de tê-lo como leitor, agradeço
envaidecido. A imprensa no interior tem essa característica de reverberar os
fatos que acontecem na comunidade e unir pessoas com atividades e círculos de
amizade tão distintos quanto o cidadão comum ou a maior autoridade do
Judiciário, o que transforma a humilde tarefa de escrever uma responsabilidade
e um prazer.
Confirmou
Muita gente duvidava e criticava a posição do
deputado Celso Maldaner, antes da votação do impeachment. Ele foi lá e votou
sim. Talvez contra a vontade, seguindo orientação do partido, mas votou a favor
do afastamento da presidente, para quem pediu votos na eleição de 2014. Mesmo
assim, votou de acordo com a maioria dos eleitores do seu partido, o PMDB, e
sem destoar da ampla maioria da bancada catarinense. Na hora do voto, foi curto
e grosso, sem maiores explicações, ao contrário de quase todos os deputados,
que aproveitaram o momento para jogar para a torcida.
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