Oposição
Os vereadores
oposicionistas - diga-se, PT e PR - estiveram reunidos em torno da chapa da
vereadora Cristiane Zanatta na eleição municipal. Essa chapa obteve exatos
3.848 votos, o que equivale a 18,02%. Embora o barulho tenha sido grande, o
respaldo da população não chegou a 20% dos votos válidos. Dos três vereadores
que concorreram à reeleição, dois se reelegeram: José Giovenardi e Maria Tereza
Capra. Juarez da Silva ficou pelo caminho. O quarto vereador de oposição,
Idemar Guaresi, era vice de Cris Zanatta e também fica fora da próxima Câmara.
Última
O que se pode
avaliar do desempenho da oposição nas urnas? Maria Tereza Capra, ao que parece,
transcendeu ao desgaste de seu partido, o PT. Diga-se, também, quem fez uma
campanha sem usar as marcas tradicionais do partido, usando preferencialmente o
rosa como cor de seu material de divulgação. Antes mesmo da campanha, Maria
Tereza mostrava-se preocupada com os rumos do PT, mas não via alternativas
viáveis para afastar-se da sigla. Ruim com ela, pior sem ela. Assim, ficou e
hoje é a única representante do PT com mandato em São Miguel do Oeste.
Sem eco
Ficou evidenciado na eleição que o eleitor de São Miguel do Oeste não se
deixa levar pela crítica pura e simples. Bater e bater não ganha voto. O
eleitor local prefere a campanha propositiva, onde o candidato expõe o que
pretende fazer. Isso também leva a uma reflexão mais aprofundada. Porquê o
eleitor age assim? Estará de acordo com as ações do governo, deixando a
oposição sem eco, ou será porque realmente não gosta de críticas ou polêmicas
sem muito fundamento? Afinal, foram mais de 80% dos votos para partidos que
estavam e estão juntos no governo até o final do ano.
Governo
Os candidatos Wilson Trevisan (PSD), Airton Fávero (PMDB) e Carlinhos
Gerhard (PDT), não podiam ser classificados como oposição, nas eleições do dia
2. Os três partidos e a maioria de seus dirigentes estavam ou estão no governo.
A bem das verdade, até Cris Zanatta era governo até pouco tempo, quando deixou
o PMDB e aliou-se ao PT. Juntos, os três partidos governistas fizeram 17.578
votos, ou 81,98%. Talvez tenha faltado um articulador ao estilo Luiz Henrique
da Silveira para colocá-los todos na mesma canoa.
Funciona
A Coopafesmo, cooperativa criada no governo de Nelson Foss da Silva e
que pretendia assumir a feira livre, contrariando o desejo dos feirantes, foi
retirada do local. Sem alvará, a cooperativa ficou impedida de funcionar na
feira livre. Uma ação judicial tramita no fórum questionando a criação da
cooperativa, já que assinatura de vários feirantes, colocados como fundadores,
foi falsificada. Os feirantes, de outra parte, estão abrindo a feira todos os
dias, com bom público, prova de que uma feira livre municipal funciona e é
viável para os feirantes e para a população.
Agora vai?
A amigos e pessoas mais próximas, Wilson Trevisan tem dito que uma das
primeiras medidas que irá adotar no início do governo é a ativação do
estacionamento rotativo. Compromisso assumido com os comerciantes do centro da
cidade, Trevisan quer cumprir a promessa e ativar o estacionamento, que já foi
aprovado em todas as instâncias, no legislativo. Ao que tem dito, a proposta
pode ter algumas alternativas, como o estacionamento gratuito, pelo menos
durante algum período de tempo. Se vai funcionar, é o xis da questão. Tem muita
gente que não quer nem ouvir falar em estacionamento pago.
Parque
Há muito, prefeitura e o Lions Clube tem trabalhado para a criação de um
parque ambiental e ecológico na cidade. Já se tentou a área do Agostini,
próximo à Matacura, sem sucesso. Já se tentou a área do CAPETI, no Santa Rita,
também sem sucesso. Agora, o prefeito João Valar pretende encaminhar à Câmara
de Vereadores projeto de cessão parcial de uma área no bairro Salete, onde deve
ser implantado o parque ecológico Melvin Jones. O Lions Clube Universidade
entraria como “cuidador” da área, que continuaria a pertencer ao município.
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