quinta-feira, 27 de julho de 2017

GRAVAÇÃO
Esta semana tive acesso à gravação da conversa entre a secretária de Assistência Social e a servidora que denunciou perseguição política na prefeitura de São Miguel do Oeste. A gravação instrui processo por assédio moral no serviço público, com pedido de indenização. O áudio é claríssimo e nem precisa de perícia, ao contrário do que virou moda em Brasília. Totalmente audível e não precisa qualquer esforço para entender o que está sendo dito. É uma prova contundente e irrefutável de que houve uma explicação política para tomada de decisões acerca de servidores no governo.

Transcrição
Reproduzo trecho da conversa ríspida entre a servidora e a secretária. A gravação é de cerca de 5 minutos e tem muito mais do que abaixo está transcrito:
“Servidora - Pra que que tu tá fazendo isso comigo?
Secretária - Eu não tô fazendo nada contigo.
Servidora - Tu tá sim, (...), eu sei que tu tá. Tu tá querendo me prejudicar, é isso!
Secretária - Se eu quisesse te prejudicar eu não ia deixar você ficar, eu não ia deixar que você ficasse com todos os benefícios... todas as questões de sistema... eu não ia deixar você fazer isso, (...), se eu quisesse te prejudicar. Porque que eu ia te deixar na função que você queria, retornando fazendo as coisas que tu queria fazer, se eu quisesse te prejudicar?
Servidora - Vieram me falar que era para mim ficar junto com o (...). Porquê tu não me deixou junto? Teve alguma coisa?
Secretária - Não. E ó, (...), assim, ó: tu fala que não teve envolvimento em política, o PMDB tá inteiro dizendo que não é assim.
Servidora - O quê?
Secretária - Que você foi sim. Tudo isso. Então eu não sei se você foi, mas não existe isso. Você hoje é PMDB. E primeiro: aqui não vai ter isso.
Servidora - Eu sou do PMDB?
Secretária - Total. É o PMDB que tá dizendo isso”.
O detalhe é que a servidora é concursada e por essa razão não pode ser removida e muito menos discriminada por convicção político-partidária.

Rescaldo
De tudo o que foi dito, fica evidente que a motivação da decisão acerca da servidora levou em consideração o fato dela ter envolvimento com o PMDB. Para o bem ou para o mal, já que está sendo denunciada perseguição, o motivo é o partido político ao qual ela estaria supostamente vinculada. Nesse sentido, a constituição é clara ao proibir qualquer tipo de discriminação, no artigo 5º, onde estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. E mais: é livre a manifestação do pensamento e ninguém será privado de direitos por convicção filosófica ou política. Por fim, a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.

Lixeiras
É claro que jogar lixo nas calçadas é uma falta de educação cavalar. Um desrespeito para com o espaço público e a convivência. Mas revela também a falta de lixeiras, cuja colocação é uma atribuição do poder público. Em alguns pontos da cidade, a prefeitura vem trabalhando bem e colocando lixeiras. Talvez, nos locais onde a população se reúne à noite, deveria haver uma preocupação em implantar uma estrutura mínima. Afinal, jogar latinhas de cerveja ou garrafas de bebidas nas calçadas é ruim, mas não é o pior. Pergunta-se: onde esse pessoal faz outras coisas que o corpo exige?

Bravo

Um contribuinte que reside no centro da cidade foi notificado porque na frente da sua casa algumas pessoas mal educadas costumam jogar todo tipo de entulho. Vaso quebrado, restos de construção e até um sofá foi deixado no local. O contribuinte ficou muito bravo com a notificação. Afinal além da vizinhança deixar lixo na frente de sua residência, ele é quem está sendo responsabilizado. Essa prática de livrar-se do lixo colocando na frente do imóvel dos outros é muito comum e muito feia. Inclusive comerciantes fazem isso, livrando-se do lixo longe de suas lojas. Via de regra, na frente da loja dos outros. Uma tremenda falta de educação.

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