Demora
Acerca de dez dias saiu a sentença na ação onde o
Estado de Santa Catarina cobra os danos materiais contra o motorista Rosinei
Ferrari e a empresa Turatto e Turatto, em decorrência da tragédia de 9 de
outubro de 2007, na BR 282. O motorista e a empresa foram condenados a
ressarcir o Estado em cerca de um milhão de reais. No acidente, foram perdidas
viaturas e caminhões do Corpo de Bombeiros, entre outros prejuízos. O Banco
Itaú foi condenado a pagar 150 mil, que era a cobertura do seguro do caminhão.
Dez anos é muito tempo para a Justiça decidir.
Vidas
Se há demora de dez anos para decidir sobre uma apólice
de seguro e a responsabilidade civil de quem provoca acidente grave, imaginem a
espera de quem perdeu familiares e clama por Justiça. Saber que um familiar que
estava trabalhando na hora da tragédia não volta mais, conformar-se com a perda
e ver os responsáveis impunes é uma situação perversa. A morosidade do
Judiciário é inaceitável. O bordão diz que a Justiça tarda, mas não falha. Eu discordo.
Justiça que tarda, para mim, é falha. Vidas não voltam. Pelo menos, então, que
os culpados paguem.
Moral
Estive na Argentina, em Eldorado, dias atrás. Conversando
com amigos argentinos, discutíamos sobre a situação do Brasil. Lá, como cá, a
velha corja da política quer voltar. Cristina Kirschner é candidata nas
próximas eleições. Depois de bem avaliar a crise brasileira, nós - argentinos e
brasileiros - concluímos que não temos crise econômica e nem crise política ou
institucional. A nossa crise é moral. A conversa continua nesta sexta-feira,
quando os amigos de Oberá e Eldorado estarão conosco, em São Miguel do Oeste.
Renovar
Está mais do que na hora de rever conceitos, reavaliar
projetos, renovar ideias. A cidade de São Miguel do Oeste, principalmente,
precisa reciclar as suas lideranças. Velhas políticas, velhos políticos, velhas
práticas, não trazem novas soluções. O município precisa olhar para a frente,
buscar caminhos diferentes, pensar grande. Está mais do que na hora de trazer
os jovens para o cenário político. Chega de velhas raposas, de conchavos de
bastidores, das traições homéricas que marcaram a história recente da cidade. É
hora de colocar gente nova à frente dos partidos e das decisões sobre o futuro
da nossa terra.
Tormento
As calçadas da Rua Chuí e arredores, nas proximidades
da rodoviária, são um tormento para cadeirantes, idosos e pessoas com qualquer
dificuldade de locomoção. Buracos, desníveis, defeitos e até um ponto de ônibus
causam transtornos. O ponto de ônibus ao lado das Lojas Magrão, por exemplo,
impossibilita passar com uma cadeira de rodas. Uma barreira que deveria ser
revista pela prefeitura. Como os problemas ficam perto do fórum é de se
imaginar que os promotores e juízes não andam a pé.
Problemas
O promotor Cyro Guerreiro instaurou inquérito civil
para investigar denúncia de perseguição política na prefeitura de Paraíso. Sete
servidores levaram tudo ao promotor, que está avaliando o caso. Na mesma
denúncia, foram apontados ainda três servidores que estão trabalhando com
desvio de função e uma denúncia de que uma abastecedora de combustíveis está
tendo dificuldades para participar de licitações devido a uma vedação para a
contratação. Essa política de perseguição contra pessoas de partidos
adversários, além de ilegal, é velha. Cheira a mofo.
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