Federal
O deputado estadual Maurício
Eskudlark deve concorrer a deputado federal nas próximas eleições. É o que se
afirma aqui no Extremo Oeste. Na eleição passada, Eskudlark fez votos em todo o
Estado. Desta vez, quer voos mais altos. Hoje, a região tem quatro deputados:
Eskudlark, Mauro de Nadal, Padre Pedro Baldissera e Dirceu Dresch. Ainda
gravitam por aqui, os cinco deputados eleitos por Chapecó: Narcizo Parisotto,
Gelson Merísio, Luciane Carminatti, Altair Silva e Cesar Valduga. Desses todos,
dois não concorrem a reeleição: Eskudlark e Gelson Merísio. Este último deve
concorrer a governador ou vice. Alguém se habilita?
Reeleição
Dos quatro deputados
federais da região, alguns terão imensas dificuldades para reeleição. Hoje
temos Celso Maldaner, Valdir Colatto, João Rodrigues e Pedro Uczai. Fora os
paraquedistas, que dizem representar a região, mas não fazem nada por aqui.
Basta ver a situação das rodovias, que é o aspecto mais evidente. O desgaste da
classe política em geral atingiu em cheio alguns dos nossos representantes. O
povo está mais do que bravo. Está indignado e promete dar a resposta nas urnas.
Isso já aconteceu em outra época. No tempo das Diretas, quem votou contra foi
expulso da vida pública, como foi o caso de João Valvitte Paganella. E agora?
Quem será o escorraçado da vez?
Desvio
O Ministério Público está
processando o ex-prefeito de Barra Bonita, Darci Frizzon, a ex-vice-prefeita,
Elvira Ramos, e os secretários municipais Valmir Marangon e Marinês Eckert, por
ato de improbidade administrativa. Eles são acusados de contratar servidores
comissionados para atuar em funções de provimento por meio de concurso público.
É o caso dos servidores contratados como diretores, mas que exerciam funções
burocráticas na prefeitura. A Justiça já determinou a indisponibilidade dos
bens dos acusados.
Fraude
O Ministério Público entende
que a prática configura desvio de função e ato para burlar ou fraudar a
realização de concurso público. Na verdade, na maioria dos casos há uma
tentativa de favorecer militantes que fizeram campanha eleitoral, por meio da
nomeação fraudulenta de diretores para cargos como motorista, secretária,
telefonista ou outras funções que deveriam ser preenchidas por meio de concurso
público. Os secretários, que deveriam fiscalizar o trabalho dos subordinados,
fazem vistas grossas, pois as contratações ocorreram apenas por indicação
política.
Excesso
O desvio de função de
servidores, perseguido pelo Ministério Público, só ocorre porque as prefeituras
da região tem excesso de cargos de confiança em seu quadro de funcionários.
Excesso de cargos só serve para isso. Para usar esses cargos de confiança vagos
em benefício de apadrinhados políticos, arrumando um emprego, uma boquinha, uma
teta como dizem alguns, para quem faz campanha eleitoral. É o famoso QI: “quem
indica”. O problema é que quase sempre são pessoas sem qualquer qualificação e
que não seriam aprovadas num concurso público. Então, fazem campanha política
com a promessa de emprego. E o eleito usa cargos de confiança para cumprir a
promessa.
Público
Os promotores tem agido
firmemente para coibir o desvio de função na contratação de servidores
comissionados. Os denunciados tem seus bens bloqueados e correm risco de perder
os direitos políticos por até 8 anos, além de ter que devolver o que o
município teve de prejuízo. Por exemplo: se o beneficiado com o cargo recebe,
digamos três mil por mês, mas exerce a função de telefonista, que deveria
receber um mil, o município tem um prejuízo mensal de dois mil, só nesse caso.
Quem tem que devolver o dinheiro aos cofres públicos? Quem assinou a portaria e
quem não fiscalizou. Já tem ações também em Bandeirante, além de Barra Bonita.