Macumba?
A diretora da antiga Casa
Lar, hoje Cantinho Acolhedor, encaminhou ofício à secretária de Assistência
Social, denunciando que uma servidora “iria levar sangue de galinha para os
acolhidos beberem, sal grosso e vela, tudo isso para, segundo ela, realizar
ritual a fim de afastar espíritos maus”. Sangue de galinha para as crianças
recolhidas na Casa Lar beberem para afastar espíritos maus? Santo Deus! A que
ponto de loucura chegamos? A história macabra está numa ação que tramita na
Justiça, em São Miguel do Oeste.
Molhadas
A servidora foi denunciada
formalmente, com a indicação de uma testemunha, porque teria, entre outras
coisas, dito que caso as crianças viessem a urinar nas roupas, não permitiria
que vestissem roupas secas, fazendo-as dormir molhadas, como forma de
castigá-las. As crianças também eram xingadas, ouviam palavrões e até ameaças
por parte da servidora. A denúncia da diretora acabou motivando a demissão da
servidora, que agora ingressou com uma ação por danos morais contra a
prefeitura.
Verdade?
A questão acabou no
Judiciário, onde a servidora alega que a denúncia é mentirosa e que ela acabou
sendo demitida injustamente. Se a denúncia é verdadeira ou não, o fato é que a
servidora foi sumariamente demitida, por praticar condutas incompatíveis com o
cargo que ocupava. A demissão ocorreu em maio e a servidora ingressou com a
ação indenizatória em agosto, por intermédio do advogado Alessandro Tiesca
Pereira e da advogada Paula Karoline Soares. Eles alegam que a servidora foi
difamada e caluniada, sob a acusação de condutas criminosas e pedem indenização
de 20 mil reais.
Impacto
Repercutiu muito a
informação sobre o pagamento de benefício, por seis anos, para uma professora
falecida em 2011, em São Miguel do Oeste. De acordo com o advogado Paulo
Ricardo Drumm, a prefeitura pagava, todos os meses, 2 mil e 400 reais, por meio
de depósito bancário, além do 13º salário. Foram 72 meses, sem que ninguém
percebesse o erro? Isso dá um montante de 172 mil reais, sem o 13º relativo aos
seis anos, sem correção monetária e sem juros. O prejuízo suportado pelos
cofres públicos passa fácil de 220 mil reais. E agora? O que vai acontecer?
Câmara
O advogado Paulo Ricardo
Drumm foi à Câmara de Vereadores, ontem à noite, para detalhar a situação do
pagamento de benefícios à professora, mesmo após seis anos de sua morte. Ele
atua no setor de Recursos Humanos do município e foi o grande responsável pela
descoberta do caso. O presidente Cláudio Barp disse que os vereadores, a partir
dessas informações, irão analisar a situação e verificar se há necessidade de
alguma ação legislativa. De acordo com Barp, se necessário, os vereadores irão
tomar as medidas cabíveis. Cabe ressaltar que a fiscalização dos atos públicos
é, talvez, a principal atribuição da Câmara de Vereadores.
Acordo
A questão do Parque das
Águas, no bairro Progresso evoluiu. A informação é do assessor jurídico do
município, Nédio Dariva Pires de Lima. Conforme ele, após a ação judicial da
Família Wunsch, o imóvel foi vendido para o empresário Astor Kist e
investidores de fora, que vão implantar um loteamento no local. Os 35% que
precisam ser repassados ao município serão transformados no parque. Com
investimento em infraestrutura, sem utilizar verbas públicas. Nédio explica que
o Parque das Águas será implantado sem custos para a prefeitura e vai valorizar
os imóveis que serão colocados para a venda pelos empresários.
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