quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Macumba?
A diretora da antiga Casa Lar, hoje Cantinho Acolhedor, encaminhou ofício à secretária de Assistência Social, denunciando que uma servidora “iria levar sangue de galinha para os acolhidos beberem, sal grosso e vela, tudo isso para, segundo ela, realizar ritual a fim de afastar espíritos maus”. Sangue de galinha para as crianças recolhidas na Casa Lar beberem para afastar espíritos maus? Santo Deus! A que ponto de loucura chegamos? A história macabra está numa ação que tramita na Justiça, em São Miguel do Oeste.

Molhadas
A servidora foi denunciada formalmente, com a indicação de uma testemunha, porque teria, entre outras coisas, dito que caso as crianças viessem a urinar nas roupas, não permitiria que vestissem roupas secas, fazendo-as dormir molhadas, como forma de castigá-las. As crianças também eram xingadas, ouviam palavrões e até ameaças por parte da servidora. A denúncia da diretora acabou motivando a demissão da servidora, que agora ingressou com uma ação por danos morais contra a prefeitura.

Verdade?
A questão acabou no Judiciário, onde a servidora alega que a denúncia é mentirosa e que ela acabou sendo demitida injustamente. Se a denúncia é verdadeira ou não, o fato é que a servidora foi sumariamente demitida, por praticar condutas incompatíveis com o cargo que ocupava. A demissão ocorreu em maio e a servidora ingressou com a ação indenizatória em agosto, por intermédio do advogado Alessandro Tiesca Pereira e da advogada Paula Karoline Soares. Eles alegam que a servidora foi difamada e caluniada, sob a acusação de condutas criminosas e pedem indenização de 20 mil reais.

Impacto
Repercutiu muito a informação sobre o pagamento de benefício, por seis anos, para uma professora falecida em 2011, em São Miguel do Oeste. De acordo com o advogado Paulo Ricardo Drumm, a prefeitura pagava, todos os meses, 2 mil e 400 reais, por meio de depósito bancário, além do 13º salário. Foram 72 meses, sem que ninguém percebesse o erro? Isso dá um montante de 172 mil reais, sem o 13º relativo aos seis anos, sem correção monetária e sem juros. O prejuízo suportado pelos cofres públicos passa fácil de 220 mil reais. E agora? O que vai acontecer?

Câmara
O advogado Paulo Ricardo Drumm foi à Câmara de Vereadores, ontem à noite, para detalhar a situação do pagamento de benefícios à professora, mesmo após seis anos de sua morte. Ele atua no setor de Recursos Humanos do município e foi o grande responsável pela descoberta do caso. O presidente Cláudio Barp disse que os vereadores, a partir dessas informações, irão analisar a situação e verificar se há necessidade de alguma ação legislativa. De acordo com Barp, se necessário, os vereadores irão tomar as medidas cabíveis. Cabe ressaltar que a fiscalização dos atos públicos é, talvez, a principal atribuição da Câmara de Vereadores.

Acordo

A questão do Parque das Águas, no bairro Progresso evoluiu. A informação é do assessor jurídico do município, Nédio Dariva Pires de Lima. Conforme ele, após a ação judicial da Família Wunsch, o imóvel foi vendido para o empresário Astor Kist e investidores de fora, que vão implantar um loteamento no local. Os 35% que precisam ser repassados ao município serão transformados no parque. Com investimento em infraestrutura, sem utilizar verbas públicas. Nédio explica que o Parque das Águas será implantado sem custos para a prefeitura e vai valorizar os imóveis que serão colocados para a venda pelos empresários.

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