quinta-feira, 27 de junho de 2013

Hora de apertar o passo

Passados seis meses da posse dos prefeitos, é hora de mostrar trabalho. Qualquer argumento em relação aos governos anteriores, à situação de maquinaria, a dívidas, etc... não resiste ao tempo. Seis meses é mais do que suficiente para organizar a casa e começar a mostrar serviço.
Isso vale para qualquer governo. Em São Miguel do Oeste, também é tempo de apresentar as honras da casa. A praça Walnir Bottaro Daniel não pode mais ficar do jeito que está. É preciso dar uma resposta em relação aos distritos industriais. A reforma administrativa precisa andar.


O prefeito João Valar é um político carismático e que tem o apoio popular. Seu vice, Wilson Trevisan, tem dado aulas de administração, internamente, e é respeitadíssimo, tanto junto ao funcionalismo, quanto junto aos empresariado.
Mas parece que está faltando pisar no acelerador. As ações de governo estão tímidas, para quem esperava tanto da dupla Valar e Trevisan. É preciso implantar uma agenda positiva, com o anúncio de obras, de ações, de projetos. Sabe-se que o prefeito tem se mantido em contato com investidores, em busca de projetos empresariais. É esse tipo de notícia que a população espera. De investimentos, de projetos, de crescimento e de futuro. 

Porque as grandes redes de comunicação estão na berlinda?

O que acontece com o povo brasileiro, que protesta contra a mídia, nas ruas, comparando veículos de comunicação ao governo, alvo principal das manifestações?




Durante anos, fomos manipulados pelas grandes redes, especialmente pela Rede Globo. Ou Rede Lobo, como o computador insiste em corrigir meu texto. Nem cabe aqui lembrar dos escandalosos casos de eleições passadas, de movimentos populares distorcidos criminosamente, de mau-caratismo explícito a favor dos governos. Quando o povo nas ruas grita palavras de ordem como "Globo fascista e sensacionalista", repete, de forma mais elaborada, aquela genérica manifestação dos anos 80, durante o movimento das Diretas Já, em que as pessoas gritavam "abaixo a Rede Globo".
Naquele momento, a Globo insistia que um milhão de pessoas estavam nas ruas para "comemorar o aniversário de São Paulo", quando era, na verdade, uma manifestação pedindo o fim da ditadura militar e a convocação de eleições diretas para a Presidência da República!
Vimos carros do SBT sendo incendiados nas ruas. Repórteres sendo agredidos, não só pelos manifestantes, mas pela própria polícia. Mas, afinal, que loucura está acontecendo com a relação entre a opinião pública e os meios de comunicação? Simples. Os meios de Comunicação, via de regra, inclusive por aqui, há muito não respeitam a opinião pública. Manipulam, distorcem, ignoram, a serviço de quem mais paga. E o povo não é bobo....

O Brasil nas ruas

As manifestações pelo país afora exigem uma reflexão criteriosa para não levar a uma conclusão precipitada. Ninguém tem, hoje, clareza do que vai acontecer com o Brasil a partir dos protestos e do povo nas ruas. Eu tenho uma certeza: o que vier, será melhor do que estava, antes do povo abandonar a letargia e começar a protestar.
A classe política e os observadores foram pegos de surpresa? Sim e não. Historicamente, o brasileiro foi considerado um povo que não reagia, mesmo diante das piores crises. Muitos governantes fizeram e desfizeram com a certeza do que o povo não reagiria. Mas também era certo que povo algum ficaria inerte diante do escárnio e da falta de compromisso público dos governos.



O dinheiro da Copa escorrendo aos borbotões, o PAC jogando na nossa cara que dinheiro existe à vontade, desde que vontade exista, o Mensalão impune, mostrando que havia grana farta e à disposição de políticos cooperativos com as malas e cuecas do governo. O atraso no pagamento das contas do SUS,  a pouca disposição do governo em investir em setores fundamentais, como segurança, saúde e educação, o descompromisso com as causas realmente importantes, a manipulação da opinião do eleitorado, cm bolsas, e bolsas, e bolsas... O sufocamento da classe empresarial, com uma carga tributária injusta e escorchante... O judiciário, afeito ao esbanjamento e moroso como um cágado quando se trata de promover a Justiça.
Tudo isso explica e justifica a onda de manifestações. Resta saber se o povo nas ruas será suficiente para mudar o Brasil. Se não vão surgir salvadores da pátria, dispostos a representa o anseio popular, iludindo a todos, pela manutenção do status quo. Espero, sinceramente, que não reste pedra sobre pedra. Só assim, poderemos ter a certeza de que um novo Brasil saiu das ruas, neste junho de 2013. 

domingo, 23 de junho de 2013

Protesto pacífico em SMO



Mais de duas mil pessoas participaram de protesto na pra Walnir Bottaro Daniel, na tarde deste domingo. Apesar de muito frio, inúmeras famílias aproveitaram a tarde para passear e prestigiar o evento.




Foram muitos cartazes, caras pintadas, faixas e principalmente crianças. Cães, protegidos por roupas de lã, cadeiras de praia, hino nacional e palavras de ordem.



A Polícia Militar acompanhou o protesto, organizando o trânsito nas quadras próximas à Rua Coberta e junto aos manifestantes. Nos discursos, palavras contra os partidos, a violência e a corrupção. O protesto terminou sem incidentes




sábado, 22 de junho de 2013

Todos os mortos em tragédia foram identificados

 Todos os mortos na tragédia de Mondaí já foram identificados. Os nove corpos foram reconhecidos e tiveram as identidades confirmadas pelo Instituto Geral de Perícias de São Miguel do Oeste.
O técnico criminalista, Eloir Wurzius confirmou as duas últimas identidades que restavam, na noite deste sábado. O corpo de Renato Benhur da Silva estava praticamente identificado, mas faltava uma confirmação, pois não havia documentos. A confirmação ocorreu por reconhecimento da vítima, no início da noite. Letícia Morais, que estava grávida, também foi reconhecida esta noite.


Eloir Wurzius relata que quatro corpos já foram liberados parfa as cerimônias fúnebres e retirados do IGP pelas famílias. Foram liberados para sepultamento Euzira Zerete Gobbi, Fagner da Silva Passos, Sílvio Gonçalves Pereira e Sirlei Martins de Jesus. Continuam aguardando pelos familiares, os corpos de Renato Benhur da Silva, Helena Machado, José Altamir de Almeida, Maria Moreira de Souza Ferreira e Letícia Morais.
Eles morreram no capotamento de um ônibus, na Linha Tigre, interior de Mondaí, ãs 7 horas da manhã des sábado, quando seguiam de Foz do Iguaçu para Horizontina, no Rio Grande do Sul, onde participariam de um encontro religioso. 29 pessoas saíram feridas. 12 estão internadas no Hospital Regional de São Miguel do Oeste. Duas receberam alta e três foram transferidas para a UTI em Chapecó, pelo Samu. As demais estão internadas em Mondaí e Iporã do Oeste.

Nova tragédia na região: nove mortos

Nove pessoas morreram e 29 ficaram feridas em capotamento de ônibus na SC 386, na Linha Alto Tigre, interior de Mondaí. Eles seguiam de Foz do Iguaçú para Horizontina, onde iriam participar de um evento religioso.

Evangélicos se mobilizam para ajudar famílias de envolvidos em acidente. 
Os membros da Congregação Cristã no Brasil estão se mobilizando para ajudar as famílias dos acidentados na tragédia da SC 386.





O membro da igreja, Olímpio Abreu, explica que os fiéis estavam viajando de Foz do Iguaçu para Horizontina, no Rio Grande d o Sul, onde aconteceria um encontro musical da igreja. Nas proximidades da Linha Tigre, no interior de Mondaí, o ônibus ficou sem freios e capotou. 29 pessoas ficaram feridas e nove morreram. Ainda na tarde deste sábado, receberam alta médica, no Hospital Regional de São Miguel do Oeste, Vanderice da Silva dos Santos e a filha, Ingrid da Silva dos Santos. Três pacientes foram transferidos do Hospital Regional para Chapecó, pelo Samu. Doze pacientes continuam internados em São Miguel do Oeste.
Os fiéis da igre Congregacão Cristã no Brasil estão ajudando as famílias, principalmente oferecendo hospedagem, para que elas possam acompanhar a recuperação de pacientes internados na cidade. 


Pânico antes da tragédia

Sobrevivente conta os momentos de terror antes da tragédia. Samuel Luiz Ferreira, de 34 anos, estava nos bancos da metade para frente do ônibus e testemunhou os instantes que antecederam a capotagem que matou nove pessoas, esta manhã, em Mondaí.
Ele é morador no bairro Três Lagoas, em Foz do Iguaçu, e está ajudando as pessoas que se feriram, já que ele teve apenas escoriações leves. Samuel disse que um dos passageiros foi até a cabine e conversou com o motorista, quando começou a acender uma luz vermelha no painel. O motorista disse que o veículo acabara de ficar sem freios. Ezequiel da Silva, motorista profissional, experiente e que atuava na viagem como free lancer, sabia que o problema era sério. Ele chegou a desligar o motor e religar duas ou três vezes, tentando encontrar uma solução. A viagem estava na Linha Alto Tigre, há sete quilômetros de Iporã do Oeste, e o motorista alertou os passageiros sobre o problema nos freios:
- "Ele disse para que todos se segurassem no que pudessem, pois o ônibus estava sem freios", relatou Samuel.
Ele conta que "os passageiros começaram a orar e clamar a Deus, pedindo misericórdia". Conforme ele, pelo que aconteceu, foi um milagre divino que não morreram todos.



O sobrevivente disse que o veículo bateu no guard rail e saiu da pista. Ele não sabe quantas vezes o ônibus capotou, "mas foram várias vezes". A maioria das pessoas caíram fora do ônibus. Duas vítimas ficaram embaixo do veículo e morreram.
Logo, começaram a chegar veículos e pessoas que começaram a ajudar. Os mortos e os feridos mais graves foram colocados em macas e levados por ambulâncias.
Samuel Ferreira disse que no momento em que os passageiros foram informados do problema nos freios, houve pânico. Um quilômetro depois, o ônibus capotou e desceu um ribanceira, matando nove pessoas e ferindo 29.

Por volta de 17 horas foi liberado o primeiro corpo pelo Instituto Geral de Perícias. O perito criminalista Eloir Roque Wurzius relata que dois corpos ainda estão sem identificação.
Nas primeiras horas da tarde, foram  identificados seis corpos. Os mortos identificados foram Euzira Zerete Gobbi, Fagner da Silva Passos, Helena Machado, José Altamir de Almeida, Maria Moreira de Souza Ferreira e Silvio Gonçalves Pereira.  Por volta das 16h30min, foi confirmada a identidade de Sirlei Martins de Jesus. O primeiro corpo liberado para a família foi o de Euzira Gobbi. Restam, ainda, dois corpos sem identificação no IGP.



Os familiares retiram o corpo de Euzira e ainda torcem pela recuperação de Albino Gobbi. Ele passou por cirurgia, no Hospital Regional e inspira cuidados. Cinco pessoas da mesma família estavam no Ônibus. Euzira, que morreu na hora do acidente, seu esposo Ademir Góis, que sofreu ferimentos leves, O sogro, Albino, a sogra, Creuza Gobbi, que também teve ferimentos leves, e a filha, Isabelle Camile Gobbi, de 8 anos, que também sofreu apenas ferimentos leves.
O perito Eloir Wirzius explica que um dos problemas para identificação é a falta de documentos junto aos corpos das vítimas.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

E o estupro que não foi? Não estou falando de nada aqui da região. Na verdade, lembrei-me do caso do Ultraje a Rigor. No final dos anos 80 a banda estava no auge, quando houve um show em Chapecó. Ao final, já no Hotel Bertaso, o vocalista Roger Moreira teria "estuprado" uma menina de 15 anos, de acordo com a denúncia da mãe da garota. Em 2010, Roger Moreira falou sobre o fato:Que fim levou aquela acusação de estupro, que acabou virando música? Roger: A mãe da menina tentou me acusar de estupro, que envolve violência, e aí não tinha como me acusar disso. Aí mudou para sedução, que seria prometer alguma coisa em troca de sexo, e também não pode ser, e eu acabei sendo julgado por corrupção de menores, o que também não dava para ser e fui absolvido. O problema é que saiu no Jornal Nacional o cara falando: “Roger acusado de estupro”, e quatro anos depois, quando eu fui absolvido, saiu um tijolinho de 2 x 2 no jornal. Mas qual foi a origem dessa história? Roger: A menina era minha fã durante anos, ela própria depôs a meu favor no tribunal. É que ela e umas amigas passaram a noite no hotel, e eu tava superpreocupado, falava: “pô, vocês são menores, vão pra casa”. Mas elas diziam: “vamos ficar aqui, minha mãe não liga”, e ficaram lá até amanhecer, três foram embora e ela ficou, dormiu lá. Mas não rolou nada. Depois a mãe dela quis ganhar uma grana em cima de mim, fez um teatro gigantesco. O pai da menina deu uma declaração a meu favor na Veja, na época, a família ficou super envergonhada. http://www.rockemgeral.com.br/2010/09/08/ultraje-a-rigoro-casamento-perfeito-entre-rock-e-bom-humor/


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Quem tem medo do monstro?

O Monstro está solto!  A opinião pública, grande monstro que apavora a classe política está solto no Brasil.




Manifestações de Norte a Sul mostram que o brasileiro está de saco cheio. Os aumentos das passagens foi apenas a gota d'água que derramou nas grandes capitais. O brasileiro está de saco cheio e não agüenta mais. Não agüenta a cara de pau da classe política. Não agüenta ver todos os políticos "apoiando" o movimento e fazendo de conta que o protesto não é contra eles.  O brasileiro está de saco cheio com a corrupção e não agüenta mais os atrasos nos pagamentos da mixaria do Sus, enquanto os pacientes tem que ir à Justiça para garantir procedimentos cirúrgicos, exames mais caros e medicamentos que a farmácia básica não cobre. O brasileiro não agüenta ver seu dinheiro enterrado em estádios que não vai freqüentar, enquanto o INSS insiste que não tem dinheiro para pagar condignamente as aposentadorias. Não agüenta mais o fator previdenciário acabar com os seus sonhos de aposentadoria na velhice, sob a alegação de falta de dinheiro, enquanto bilhões, (isso mesmo: bilhões!) são jogados pelo ralo na construção de estádios de futebol com dinheiro público.  O monstro está solto e nesse momento, ninguém pode dizer até onde os protesto avançarão. O certo é que os políticos estão tremendo de medo da opinião pública. 

A minha primeira experiência como blogueiro, neste espaço, foi meio traumatizante. Sem querer ser melodramático, conto-lhes, resumidamente, o que aconteceu. O blog tinha boa leitura e muitas pessoas estavam me incentivando. Um dia, porém, um fato acabou mudando tudo. A professora Leoni Serpa, coordenadora da Pós-Graduação em Gestão da Comunicação, pediu-nos que fizéssemos uma reportagem investigativa. O fato precisava ser novo e relevante. Eu tinha recebido uma ligação telefônica na Rádio Peperi, de uma pessoa que reclamava do andamento lento de uma obra de calçamento em bairro. Dizia que achava que havia alguma empresa laranja e apontava o ex-prefeito Nelson Foss da Silva e o ex-secretário de Obras, Luiz Cozer, como mandantes de outra obra próxima, que andava em ritmo célere. Levei o caso até a mestre em Jornalismo, que me orientou a informar a denúncia ao Ministério Publico, que poderia investigar e se tornaria uma fonte importante. Resultado: encaminhei a gravação para o Ministério Público. Dias depois, o ex-prefeito e o assessor jurídico da prefeitura, Adilson Pandolfo, estavam na rádio, exigindo explicações minhas e do Adilson Baldissera. Nessa hora, fiquei sabendo que o promotor havia instaurado um procedimento investigatorio e me colocado com denunciante. De pouco adiantaram as explicações. O ex-prefeito exigiu que eu retirasse a denúncia e aproveitou e exigiu a retirada do blog do ar. Tirei todas as matérias que falavam do Nelsinho. Não adiantou. Tirei todas as matérias sobre política. Não adiantou. Ele só se acalmou quando tirei o blog do ar. Mesmo assim, daquela data em diante, começaram meus problemas com o Nelsinho e com a rádio. Resumo da ópera: fui censurado, denunciado publicamente numa entrevista coletiva lá no Clube Comercial, processado e agora estou fora da rádio. Apenas para complementar: meses depois, o promotor comunicou oficialmente o encerramento das investigações. Nada de irregular foi encontrado. Apenas um fato curioso, foi apontado pelo Ministério Público. Um grande número de contratos com a Cooperastec. Aquela mesma do Ivan Corazza. Creio que chegou a hora de recomeçar e contar algumas boas historias que aconteceram nesse período.