COMEÇOU
Já tem candidato distribuindo gasolina para eleitores em
São Miguel do Oeste. Fiquem atentos. Denunciem. Na verdade, o candidato que nos
primeiros dias começa liberando gasolina, não chega ao dia 15 de setembro. A
não ser que tenha muito dinheiro para gastar e que a fiscalização (Ministério
Público, partidos, imprensa) esteja dormindo nas palhas. Fiquei sabendo de
candidato liberando geral. Mas já? Já! Só para lembrar: distribuir gasolina é
crime, tanto para quem distribui, quanto para quem recebe! Essa prática é nefasta. Candidato que
distribui gasolina tem que ser flagrado e preso.
DECLARAÇÃO
Por curiosidade, resolvi averiguar as declarações de bens
dos candidatos a prefeito e vice-prefeito de São Miguel do Oeste. Tem coisa
muito curiosa nessa documentação entregue na Justiça Eleitoral. A candidata
Cristiane Massaro, do PSDB, por exemplo, declarou ter um único imóvel, avaliado
em 600 mil. Seu vice, Idemar Guaresi, declarou que não tem nem um galo seco
para dar água. Zero de patrimônio. E Cris não é a que tem menor patrimônio.
Airton Fávero do PMDB, declarou ter 352 mil em bens. Claudete Fabiani, a vice,
declarou 56 mil Juntos, dá em torno de 408 mil. Carlinhos Gerhard, do PDT,
declarou 531 mil reais. Irton Lamb, o candidato a vice, declarou um milhão, 424
mil em patrimônio. O mais abastado é Wilson Trevisan, do PSD: tem patrimônio de
um milhão 871 mil. O vice, Gilmar Baldissera, declarou 682 mil em bens.
DISTORÇÕES
As declarações de bens dos candidatos são públicas.
Qualquer cidadão pode e deve verificar. Algumas apresentam distorções que
chegam a ser ridículas. Um candidato a vice-prefeito declarou que tem um
prédio, no centro da cidade, que vale 127 mil reais. Também tem um quarto de
uma chácara de 19 mil metros, no bairro São Gotardo. Sabe quanto vale esse
imóvel? Míseros 18 reais e 93 centavos! Sabe porquê ocorrem essas distorções?
Porque os candidatos declaram os valores originais do registro de imóveis.
Assim, um imóvel adquirido a 50 anos, continua valendo a mesma coisa em São
Miguel do Oeste para a Justiça Eleitoral.
GASTOS
Uma das mudanças mais significativas da legislação
eleitoral é o limite de gastos para cada candidato. Depende do patrimônio e
qualquer tentativa de fraude pode ser considerada Caixa 2. O candidato Airton
Fávero, do PMDB, Carlinhos Gerhard, do PDT, Cristiane Massaro, do PSDB, e
Wilson Trevisan, do PSD, tem, todos, o mesmo limite de gastos de 184 mil reais.
A primeira vista, parece meio fantasioso. Se já tem candidato gastando em
gasolina, no início da campanha, parece lógico que vai faltar dinheiro ou vai sair
de algum cofrinho escondido.
INVISÍVEL
Os santinhos dos candidatos a vereador do PT, em todo o
Brasil, estão circulando sem a logomarca do partido, a estrela vermelha, com o
número 13 no centro. Com certeza, deve ser por causa do desgaste do partido e
da óbvia vinculação da sigla aos desmandos e atos de corrupção denunciados no
Governo Dilma e na Operação Lava-Jato. Dá a impressão que os candidatos optaram
por deixar o partido invisível na propaganda eleitoral. Vale salientar que a
legislação eleitoral veda a divulgação de propaganda de candidato sem a
indicação do partido e da coligação. Aqui em São Miguel do Oeste até a cor
vermelha sumiu da propaganda eleitoral de alguns candidatos do PT.
SURDOS
Nos primeiros dias de propaganda eleitoral, alguns candidatos
abusaram dos ouvidos dos eleitores. Saíram mandando ver com os carros de som,
atormentando a vida de todo mundo e perdendo votos. Talvez pela repercussão
negativa, nos últimos dias deram uma folga. Existem tiros que saem pela culatra
na hora da propaganda eleitoral. Esse é o legítimo. O candidato impertinente,
que incomoda a vizinhança, que abusa de som alto, atrapalhando a vida das
pessoas, tem mínimas chances de conseguir o voto de quem se sente incomodado.
Ainda mais nesta época, em que os políticos estão com a moral lá embaixo.