quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Dez dias para pensar
A eleição está chegando, restando apenas dez dias para a campanha eleitoral, para visitar eleitores e pedir votos. Para o eleitor, são dez dias para analisar as propostas, pensar com calma e decidir em quem votar.
O que se encontra nas ruas é um eleitor um pouco mais politizado. Talvez menos do que o desejável, mas muito mais do que em eleições anteriores. Ainda se vê pessoas pedindo coisas aos candidatos e candidatos oferecendo vantagens em troca do voto. Isso é crime e deve ser denunciado.
Tem candidato que se você olhar para o lado, está acompanhado do pior tipo de político que existe na cidade. Se esse candidato ganhar, onde estarão esses trastes? Todos dentro da prefeitura! É para isso que o seu voto vai servir? Para encher a prefeitura de cupinchas, de desonestos, de corruptos? Pense bem. Depois não adianta reclamar.
Propostas tem de todos os tipos. Parece que nas eleições, os candidatos ficam mais inteligentes, descobrem soluções para tudo. O mundo tem jeito e ficará muito melhor em apenas quatro anos. Dinheiro tem para tudo e basta para isso votar no candidato. Na verdade, não é bem assim. É preciso realmente pensar. Afinal, porquê candidato que nunca fez nada pela população, de uma hora para outra vai ser a solução para tudo?
Eu penso que candidato que sempre foi grosseiro, estúpido, antipático, mandão, e que na eleição está se mostrando educado, atencioso, simpático, democrático, está tentando me enganar. Mudou só por causa da eleição? Cuidado! Aí, tem. O cara nunca ajudou ninguém, sempre foi avesso às ações comunitárias, só pensava no bolso dele e agora quer resolver tudo? Pense e analise.
Eu vou votar em quem tem história junto à comunidade. Em candidato cujo passado me autoriza a projetar um trabalho honesto e sério nos próximos quatro anos.
Meu voto é muito importante para dar para qualquer um.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Avaliações

As avaliações do quadro eleitoral, via de regra, se revelam equivocadas. Verificando uma entrevista do candidato a vice-prefeito, Idemar Guaresi, no início do ano, encontrei uma opinião que se confrontada com o quadro real, de hoje, mostra tudo diferente. Na época, Guaresi apostava numa aliança com o PP, hoje coligado com o PSD. Para ele, seria a reedição da coligação com os progressistas e com o PT. Hoje, o seu partido está coligado com o PSDB. Na época, Guaresi dizia que até o projeto a ser apresentado aos eleitores tinha sido formulado em conjunto com o PP, que se coligou com o PSD.


Oposição

A leitura da entrevista antiga de Guaresi também revela uma situação curiosa: o PSD, nos bastidores, afirmava que era oposição. O vereador e hoje candidato a vice-prefeito dizia que coligar com o Wilson Trevisan, “só se o PSD “sair pro limpo” e colocar aquelas conversas de bastidores na imprensa e não entre paredes. Dizem que o vice se afastou, mas quando você vai em uma inauguração, você só vê um elogiando ao outro. Então não acredito que essa dupla (João Valar e Wilson Trevisan) se desmanche”. Pelo jeito, nos bastidores, se desmanchou. O PSD era oposição, mas nos microfones, virava situação?


Crime
Um eleitor solicitou vantagem financeira para votar em candidato a vereador. A solicitação não foi aceita, sendo informado o ocorrido ao Ministério Público Eleitoral que requisitou a instauração de Inquérito para investigar os fatos. A Polícia Civil indiciou o eleitor pelo crime previsto no Código Eleitoral: "Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita". Caso condenado, o eleitor poderá cumprir até quatro anos de cadeia.

Notificou
O candidato Elias Araújo foi notificado e a Justiça Eleitoral determinou a entrega de toda a propaganda irregular em 48 horas. Elias estaria usando o nome “Elias da Cultura”, que não foi registrado para a candidatura. Ele estaria usando esse nome em gravações. No material impresso está tudo certo. Já o candidato Vagner dos Passos, foi notificado por usar propaganda sonora a manos de 200 metros do fórum da comarca. Se reincidir, terá o veículo recolhido. E por falar em propaganda sonora, todas as coligações diminuíram o volume dos carros de som. Nossos ouvidos agradecem.

Boatos
Nos últimos dias, a boataria tomou conta. Num desses “disse-que-me-disse”, um vice-prefeito teria sido cassado. Balela. Tá firme e forte.  Outro: um candidato a vereador teria sido denunciado por estupro de uma menor, durante a campanha eleitoral. O candidato teria assediado a menor, que contou para o pai, que foi até a delegacia e denunciou. Trabalho para os repórteres, que tem que correr atrás das confirmações e acabam perdendo tempo.

Nas ruas

A campanha eleitoral chegou às ruas, com cabos eleitorais fazendo corpo a corpo pelas esquinas da cidade. No sábado, as ruas centrais foram tomadas por bandeiras, carros de som, distribuição de santinhos. Esquinas sendo divididas pelos candidatos de todas as tendências e coligações. Tudo num ambiente democrático e de pacífica convivência, como deve ser. Por volta de dez horas, na esquina do Calçadão, encontrei, juntos, abordando os eleitores, uns vinte cabos eleitorais do PMDB, uns dez ou doze do PSD, e achei perdido um do PSDB. Só faltou o pessoal do PDT. A campanha esquentou na reta final.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Desistiu
O candidato a vice-prefeito na chapa de Wilson Trevisan, Gilmar Baldissera, desistiu de concorrer e foi substituído por Alfredo Spier. Os rumores eram fortes já na terça-feira, quando lideranças do Partido Progressista já diziam que Gica teria desistido. O editor do Jornal Imagem, Edson Furhmann, sempre bem informado e com boas fontes, tentou confirmar o fato para publicação na semana passada, mas Gica negou. Na sexta-feira, veio a confirmação. Baldissera não concorre e vai coordenar a campanha de Wilson Trevisan, do PSD, a prefeito, e Alfredo Spier, do PP, a vice-prefeito.

Explicou
Em entrevista coletiva na sede do PSD, Gilmar Baldissera explicou que sua defesa contra a impugnação da candidatura, a poucos dias da data limite para substituição (encerrou segunda-feira, dia 12), sequer havia sido processada no Tribunal Regional Eleitoral. Era pouco provável que viesse a ser analisada a tempo, como de fato não foi. Com isso, havia grande risco de perder o prazo para substituição e não conseguir reverter a impugnação, derrubando a chapa inteira. Com a desistência, Wilson Trevisan ganhou um novo vice. Alfredo Spier não é Gica, mas pode concorrer sem problemas.

Sem chance
Os precedentes de situações semelhantes a Gilmar Baldissera indicam que sua chance de conseguir reverter a impugnação eram quase nulas. Em São Miguel do Oeste, o ex-prefeito Nelson Foss da Silva vivia a mesma situação em 2012. Concorreu com, base em liminares obtidas no TSE. No final, a ação foi arquivada porque perdeu o objeto, já que Nelsinho perdeu a eleição. Em Campo Erê, Odilson de Lima, o Nego Lima, estava em situação igual. Ele ganhou a eleição com base em liminar. A sentença final manteve a impugnação e anulou a eleição.  O prefeito de Campo Erê foi eleito em nova eleição e Nego Lima não pode concorrer.

Na fila
Um amigo meu está com um problema cardíaco grave. Precisa de um ecodopler, que é um ecograma para mapeamento do fluxo sanguíneo no coração. Desde maio encontra-se na fila de espera, pois o estado não tem recursos para custear o exame pelo SUS. Ora, um problema cardíaco, um tratamento de câncer, uma doença degenerativa, um AVC, são situações que exigem urgência, pois o risco de morte do paciente é sempre grande. Mas o governo do Estado não tem dinheiro para a saúde. Meu amigo tem que rezar e esperar, não se sabe até quando.

Oncologia
Problemas como desse meu amigo são recorrentes. Existem inúmeros casos de pessoas que precisam de exames, de medicamentos, de tratamento e o Estado não tem dinheiro para custear. Muitos vão à Justiça e o Estado vê-se obrigado a pagar. Ao mesmo tempo, como se o dinheiro estivesse sobrando, anunciam-se obras e novos serviços, principalmente em período eleitoral. Assim foi a promessa de implantação da Oncologia e da ampliação do Hospital Regional. Como o governo do Estado pode implantar um novo serviço, complexo como a Oncologia, se não tem dinheiro para a realização de um simples exame em um paciente?

Liberado
A Justiça Eleitoral analisou denúncia contra a coligação Avança Mais Guaraciaba. Os investigados eram Gerson Ferronato, Tais Pezzuol e Maura Letícia Tesser. A denúncia era de uso de computador do Conselho Tutelar em favor de Ferronato e Maura Tesser, que são candidatos a vereador. Quem teria utilizado foi Tais Pezzuol, que devido à denúncia renunciou ao cargo de conselheira. A Justiça decidiu que os candidatos não tinham nada a ver com os atos de improbidade da servidora e foram inocentados. Estão, por isso, liberados.


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Pobre?

Nesta campanha, tem candidato andando com roupa velha e tentando enganar o eleitor usando a imagem de pobre. Depois das declarações de bens, onde se busca demonstrar uma condição diferente da realidade, surgiram novas informações curiosas. Tem candidato deixando carrões na garagem e pedindo voto com latas velhas, só para se fazer de necessitado perante os eleitores. Tem candidato até chorando a morte de parentes só para impressionar. Isso já é demais. Nesse caso, o candidato realmente é pobre. Pobre de espírito, pobre de caráter, pobre de vergonha na cara. O povo está de olho!

Confusão

O candidato Carlinhos Gerhard ficou chateado com uma informação que foi divulgada dizendo que ele tinha dois comitês, um para atender pobres e outro para ricos. Na verdade, segundo ele, é uma questão de organização da campanha. Tem dois locais funcionando, mas um é para administração e logística e o outro para atendimento ao público. Conforme Gerhard, existem materiais que não devem ficar no mesmo local onde o público é atendido, para não criar confusão e dificultar a administração da campanha. Ele entende que existe é uma organização eficiente do trabalho.

Nini fora

O vereador Valnir Scharnoski, único reeleito na última eleição, não vai concorrer neste ano. Explicou-me que viu uma pesquisa onde aparecia com projeção de não mais do que 50 votos. Não que tivesse acreditado na pesquisa, mas se por um acaso ela estivesse correta ele não se reelegeria. Por isso, por via das dúvidas, desistiu e não concorre. Scharnoski não esconde sua pretensão de concorrer a prefeito e nem que pode tentar a majoritária em 2020. Nas duas últimas eleições ficou entre os mais votados, tendo eleição e reeleição tranqüila na Câmara de Vereadores. Agora, quer se organizar melhor para disputar a próxima eleição a prefeito. 

Nenhum

A prefeitura já realizou duas licitações para implantar o estacionamento rotativo em São Miguel do Oeste, sem sucesso. Não apareceram interessados em participar do processo. O prefeito João Valar assumiu compromisso de implantar o estacionamento rotativo, uma antiga reivindicação dos comerciantes da área central. Há também uma forte resistência de quem não quer ter que pagar para estacionar e muita reclamação de todo mundo com relação à falta de vagas para estacionamento. Todavia, sem interessados em assumir a operacionalização do sistema, não há como funcionar o rotativo.

Distorção

A Promotoria de Justiça de São Miguel do Oeste, através do promotor Cyro Guerreiro Júnior está investigando um ato de improbidade na atuação da defensoria. Um inquérito foi instaurado dia 22 de agosto para verificar a atuação do defensor fora dos parâmetros de renda de assistência e no patrocínio de causa em que a Defensoria Pública não atende. Trocando em miúdos: a denúncia é de que o defensor público andou atuando na defesa de pessoas que não são pobres, nem carentes, usando para isso a estrutura do Estado, portanto, pública. Via de regra, o defensor Rodrigo Saber defende pessoas pobres, quase sempre menores ou idosos.

Tudo certo

O Ministério Público, através do promotor Cyro Guerreiro, investigou uma denúncia de direcionamento dos procedimentos licitatórios realizados pela prefeitura de São Miguel do Oeste na gestão do ex-prefeito Nelson Foss da Silva. Foram investigados Melchior Goulart, a Editora Gráfica Mclee, a Arcus Indústria Gráfica, a Gráfica Barozzi e a BFDF Indústria Gráfica. O inquérito foi encerrado em 03 de agosto e concluiu que não foram encontrados indícios ou elementos de prova a consubstanciar a ocorrência de ato de improbidade. Com isso, foi feito o arquivamento do inquérito. Está tudo certo com a indústria gráfica da cidade.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Jango e Dilma tem semelhanças?
Nos estertores da tentativa de salvar o mandato de Dilma algum "Aspone", o famoso Assessor de Porcaria Nenhuma, criou um discurso para tentar sensibilizar senadores e a opinião pública: a sessão do Senado poderia vir a ser anulada como foi a sessão de 31 de março de 1964 que destituiu o presidente João Goulart e abriu as portas para a ditadura militar. Nessa ótica, Jango foi vítima de um golpe e ela também.
Eu me belisco e penso se estou sonhando ou se tudo o que aprendi na escola e na vida estava errado ou mudou.
A sessão anulada, presidida por Auro de Andrade, nada tem a ver com o impeachment de Dilma. Aquela sessão, onde Tancredo Neves fez o famoso discurso chamando todo mundo de canalhas, Jango não era acusado de cometer crime algum. Não houve processo de cassação. Não houve direito de defesa. Não houve contraditório. O Congresso Nacional foi convocado extraordinariamente e na mesma sessão, durante a noite, declarou vago o cargo de presidente da República. Basta ler nos livros de história.
A cassação de Dilma demorou 9 meses. Foram apresentados todos os argumentos da defesa e observado o devido processo legal e o que prescreve a Constituição. Se não fosse observado qualquer quesito previsto na CF, Dilma atravessaria a Explanada e poderia reclamar ao STF, anulando o processo. Essa possibilidade, Jango não teve. O cargo foi declarado vago, mesmo ele estando no Brasil.
Defender seu partido, sua ideologia, é legítimo. Mentir e tentar enganar a população é outra coisa.