quinta-feira, 22 de junho de 2017

Casan
Moradores do centro da cidade estão indignados com a falta de água registrada na semana que passou. Em pleno inverno, após dez dias seguidos de chuva, bastou quatro dias de estiagem para os canos secarem. Além de inacreditável, a falta de abastecimento é absolutamente sem qualquer justificativa. Imaginemos então qual será a condição de enfrentar o próximo verão. E mais: se o centro da cidade tem problemas de abastecimento, como será a condição dos bairros mais distantes e mais elevados, onde o problema acontece todos os anos?

Investir
O grande problema do abastecimento de água de São Miguel do Oeste é a crônica falta de investimentos da Casan. A concessionária investe muito menos do que deveria, há muitos anos. Nos últimos 15 ou 20 anos tivemos a perfuração do poço profundo, que foi uma medida emergencial, e a alocação do reservatório do bairro Progresso, cuja participação da prefeitura permitiu que fosse viabilizado. Da Casan, só desculpas. Desde o contrato de renovação da concessão, na década passada, que jamais foi cumprido e previa a implantação de esgoto sanitário, até mesmo colocar a culpa nos canos, que existem há 50 anos. Investir, que é bom, nada.

Abandono
O empresário Darci Zanotelli, em entrevista na Rádio Peperi, expôs uma situação que temos abordado há tempos: a falta de ação de políticos e representantes de entidades sociais na luta pelo desenvolvimento local e regional. Passa ano e passa década e vemos nossos representantes fazendo-se de surdos e cegos, diante dos desafios regionais. Prefeitos, vereadores, deputados federais, deputados estaduais só lembram que a região precisa se desenvolver na hora das campanhas eleitorais. Depois, se limitam a cuidar do próprio umbigo e a população que se exploda.

Aduana
A questão aduaneira, em Paraíso, é um exemplo. Ninguém da classe política está fazendo nada. E vejam que os argentinos tem sido importantes na economia local. Poderiam ser muito mais importantes, se por aqui passassem cargas para exportação, para a Argentina e o Chile. Se aqui tivéssemos uma delegacia da Polícia Federal, já que temos a Justiça Federal e o Ministério Público Federal. Se tivéssemos uma secretaria da Receita Federal. Se tivéssemos a aduana e a ponte viabilizada. O mais difícil, que é o asfalto, já está pronto. Agora, os políticos poderiam também fazer a sua parte. Ou não? No caso dos políticos, há uma das duas hipóteses, que são igualmente graves: ou falta interesse, ou falta capacidade para agir.

Entidades
Da mesma forma como Darci Zanotelli cobra dos políticos - e eu também - seria importante ver entidades, como ACISMO, CDL e outras, defendendo projetos de desenvolvimento regional. Não há nada sendo feito para que esses projetos de maior envergadura sejam viabilizados. Está todo mundo mais preocupado é com o feijão com arroz do dia a dia. Falta visão maior, espírito de coletividade mais aprofundado, espírito empreendedor e interesse pelo desenvolvimento da região. Esquecem que se a cidade se desenvolve todos ganham.


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