Pouco
A professora e arquiteta Patrícia Dalmina vem fazendo
um trabalho de tese de doutorado sobre o tema que abordei na coluna passada: a
falta de ações para o desenvolvimento regional. Ela trabalha com o Plano de
Desenvolvimento Regional, elabora do em 2012 pela Secretaria Regional. Passados
cinco anos, pouca coisa saiu do papel. Quase nada. São 52 projetos, orçados em
170 milhões de reais, que deveriam ter sido investidos nos sete municípios da
regional. Um deles, curiosamente, é um “Banco de Ideias”, com previsão de
aporte de recursos do Governo do Estado. Será que tem algo nesse banco, que
possa ser aproveitado? O Plano é válido por dez anos e já se passaram cinco.
Projetos
Alguns projetos chamam atenção pela importância, pela
repercussão que tiveram na época, e pela falta de iniciativa para viabilização.
Um deles é o Centro de Eventos Regional. Muita polêmica foi criada em torno do
local da construção e até mesmo as perspectivas que se criou. No final, nada
saiu do papel e já se passaram cinco anos. Ficou como o projeto do SESC, que
deveria ser construído na cidade e que devido às polêmicas em torno do local da
obra, acabou sendo esquecido. Mais uma obra de grande vulto que deveria ter
sido construída na cidade e ficou só na conversa.
Presídio
Outra proposta que consta no Plano de Desenvolvimento
Regional e foi muito discutida na época em que foi lançada é a construção de um
presídio regional. Pelo que foi definido em 2012, deveria ser construído em São
Miguel do Oeste, fora do perímetro urbano, e tinha destinação orçamentária
definida. Virou blá-blá-blá. Hoje, ninguém mais fala em construir presídio.
Quer mais uma? A federalização da SC 163, de São Miguel do Oeste a Itapiranga.
Só conversa fiada. Outra? A Ferrovia do Frango. Mais uma? O campus da
Universidade Federal. Quer mais? A duplicação da BR 282. E teve gente que levou
os votos daqui com essas promessas mirabolantes e esse papo furado na última
campanha eleitoral.
Mais duas
Servidoras informam que mais
duas ações por assédio moral foram protocoladas na Justiça, em função de
perseguições promovidas na Secretaria de Assistência Social. As razões são as
mesmas do que já foi denunciado à Justiça no mês de março. As denunciantes
alegam que são perseguidas por terem participado da campanha ou serem filiadas
ao PMDB. Publicamente, até agora, não houve manifestação alguma nem do governo
e nem do sindicato dos Servidores Públicos Municipais.
Exigem
As servidoras que denunciam
perseguição querem um posicionamento público do PMDB sobre o que está
acontecendo na Secretaria de Assistência Social. Reclamam que está sendo assediadas
moralmente devido a sua relação com o partido, que não está dando qualquer
respaldo. Pediram que uma reunião com a cúpula do partido e os vereadores seja
agendada para a semana que vem. O assédio moral é ilegal e pode resultar em
indenizações a serem pagas pelo município. As servidoras são concursadas.
Casan
Continua repercutindo muito a falta de água da Casan em
São Miguel do Oeste. O que era uma denúncia de moradores do centro da cidade,
espalhou-se por todo o perímetro urbano. Foram relatados problemas no São
Jorge, Santa Rita, Jardim Peperi, Morada do Sol e outros locais. Ao que parece,
o abastecimento de água está à beira de um colapso, em pleno inverno.
Explicações até foram dadas pela estatal. O que precisa, porém, é ação.
Iniciativas que resolvam os problemas da população.
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