sexta-feira, 28 de abril de 2017

Greve geral

Trabalhadores do Judiciário paralisam em todo o Estado
Os trabalhadores do Poder Judiciário da Santa Catarina (PJSC) paralisam suas atividades nesta sexta-feira. A paralisação, informa o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Santa Catarina (SINJUSC), é em apoio à greve geral convocada pelas centrais sindicais contra os ataques aos direitos nas reformas da Previdência e Trabalhista e contra a lei que permite a terceirização irrestrita. O Sindicato notificou a administração do Tribunal de Justiça (TJ) no começo desta semana. Nas comarcas e TJ serão mantidos serviços e atendimentos essenciais.
Além da pauta nacional, os servidores do judiciário tem outros motivos para demonstrar descontentamento: estão há um ano esperando a reposição da inflação 2015/2016 nos salários, entre outros pagamentos em atraso. A categoria também luta contra a tentativa de terceirização das funções de assistente social e psicólogo e a implementação dos cartórios virtuais.
SALÁRIOS
Os servidores do judiciário catarinense aguardam o pagamento de 3,74% do reajuste salarial de 2016, relativo à reposição da inflação de maio de 2015 ao mesmo mês do ano passado. Até o momento, o Poder Judiciário apenas sinalizou o pagamento do percentual em três parcelas. Por outro lado, o TJ ainda não deu uma resposta afirmativa para solucionar a greve de 2015 e propôs que os trabalhadores paguem 50% dos dias parados. O Sindicato e a categoria discordam e afirmam que a greve tinha motivo justo.
O TJ ainda não repôs integralmente a inflação na data-base 2015/2016 e já tem pela frente mais uma negociação salarial. Na sexta-feira, diretores do Sindicato entregam a Pauta Unificada aprovada na assembleia de Balneário Camboriú, que reivindica, entre outros itens, o pagamento dos atrasados, a reposição inflacionária de maio de 2016 a maio de 2017, ganho real, e um Novo Plano de Cargos e Salários (NPCS), entre outros itens.
PRECARIZAÇÃO
O protesto de sexta-feira vai além das questões salariais uma vez que a administração do Tribunal de Justiça tenta, com um projeto de lei que está na Assembleia Legislativa, terceirizar as funções de psicólogo e assistente social, em lugar de convocar concursados ou abrir novos concursos. Para o Sindicato, a medida abrirá caminho para que o judiciário terceirize outras funções, precarizando as relações de trabalho e a qualidade dos serviços prestados para a população.
Além de lutar contra a precarização do trabalho de assistentes sociais e psicólogos, o SINJUSC também não concorda com a tentativa de o Tribunal de Justiça implementar, conforme estudos já realizados pela administração do Poder Judiciário, os cartórios virtuais, diminuindo drasticamente o número de trabalhadores nas comarcas e sobrecarregando aqueles que permanecerem em seus postos de trabalho.

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