sexta-feira, 12 de julho de 2013

O mau atendimento na saúde

Vivenciamos, muitas vezes, situações absurdas no serviço público, que passam a impressão de que tudo o que é prestado gratuitamente pelo governo é ruim. Antes de mais nada, serviço público não é gratuito, já que o cidadão paga antecipadamente, cada vez que consome, recolhe impostos, adquire algumas coisa, etc...
E serviço ruim não é e nem jamais deveria ser sinônimo de serviço público. Aliás, temos exemplos de dedicação e atendimento respeitoso o tempo todo.
O prefeito João Valar, de São Miguel do Oeste, quando assumiu, numa das suas primeiras entrevistas, disse:

- "Ai daquele servidor que tratar mal o cidadão de São Miguel do Oeste". O prefeito está coberto de razão. Ser bem tratado numa repartição pública é o mínimo que qualquer cidadão espera.

Mas está circulando na internet um vídeo, no mínimo revoltante, gravado em um posto de saúde em Chapecó. Uma enfermeira manda o paciente para o inferno, ao invés de prestar atendimento. E o casal estava no local, dentro do horário estabelecido, com um filho de dois meses no colo, pedindo atendimento devido à febre alta.



O uso de novas tecnologias, como a filmagem através de celular, deu novos poderes às pessoas. Poderes de denúncia, como esse.

O vídeo acaba levantando várias situações, que suscitam reflexões. Número limitado de consultas é ilegal. Os médicos são contratados para plantão. Não para fazer consulta tão rápidas que sequer olham para os pacientes, nos afã de ganhar tempo e correr para outra atividade, em outro local. O Ministério Público tem acionado as prefeituras, exigindo o cumprimento de horário e não a prestação de um número limitado de consultas.
Qualquer pessoa que esteja prestando um serviço público deve tratar o cidadão com urbanidade e educação. Mandar uma mãe para o inferno, com o filho nos braços, agoniada pela situação do pequeno é a antítese da urbanidade.
Pior: esse fato não é tão incomum assim. E aconteceu aqui na nossa região Oeste de Santa Catarina...

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