Dilma é a pessoa mais modesta do mundo!

Ouvir a fala da presidente Dilma Rousseff parece aquela piada do sujeito que bate no peito e diz: "eu sou o homem mais modesto do mundo!".

Ontem ela foi a público, depois da dantesca amarelada de domingo, e falou insistentemente em humildade. Detalhe: humildade com firmeza. Ou seja, humildade, mas desde que não seja muito contestada.

O curioso de tudo e que me deixou com a pulga atrás da orelha foi que o discurso beirando à Irmã Dulce contrastava com a arrogância de quem não admite qualquer responsabilidade pelo buraco em que enfiaram o país.

Dilma, no máximo, admitiu que "se algum erro foi cometido foi pelo excesso da dosagem nas medidas econômicas". Mas é muito cara de pau!

Cadê a humildade para admitir a culpa pelo pior PIB do século? Pela maior inflação da década? Pelo maior escândalo de corrupção da história do Brasil? Pela quebra da economia brasileira? Pelo corte de metade das pensões das viúvas? Pelo bloqueio nas bolsas de estudo do FIES? Pelo corte nos direitos do trabalhador na hora de encaminhar o seguro desemprego? Por quatro meses sem repasse dos recursos para a saúde? Pela maquiagem nas contas do governo no final do ano passado?

Não foi excesso de dosagem, presidente. Foi incompetência mesmo. Mau-caratismo. Ou falta de honestidade. Ou tudo isso junto. E agora, em público, uma tremenda prova de falsa modéstia. A senhora, presidente Dilma, parece ser a pessoa mais humilde, a mais modesta do mundo! Só que não.

Hoje, só se engana quem quer ser enganado. O povo não é tão burro como vocês pensam.