terça-feira, 31 de março de 2015

Que Brasil vai sair da crise?

Um turbilhão de fatos negativos, de recordes de mau desempenho, de açodamento, vem carregando as esperanças do povo brasileiro e, principalmente, do governo Dilma. São 90 dias de administração, neste segundo mandato e está difícil de ver uma luz no final do túnel.
Tenho procurado assistir as avaliações mais centradas, mais importantes, para entender o que está acontecendo com o distanciamento necessário. Por convicção, sou contra partidos corruptos. Neste momento, essa convicção se exterioriza na figura do PT, mas não dá para livrar ninguém. Ou pelo menos, poucos se salvam.
Mas e a tal de “luz no fim do túnel”? Se esperar uma solução do Congresso Nacional, pode vir um impeachment, que não tenho razões para acreditar que seja uma solução razoável. Intervenção militar, nem pensar. Exército tem que cuidar da segurança nacional.
O Judiciário vive uma crise de credibilidade das mais graves, desde que figuras carimbadas foram alicerçadas à condição de detentores do sagrado dever de mediar as lides mais importantes, com a isenção e a magnitude de verdadeiros magistrados. Ainda assim, parece que só resta o Judiciário.
As discussões que vemos em todos os cantos, eliminada a paixão ideológico-partidária, a falta de senso, o fanatismo exacerbado, leva-me a acreditar que há uma busca desenfreada por soluções. Muitas, apenas para postergar soluções, outras paliativas e outras tantas, sem qualquer fundamento.
O Brasil não precisa de novas leis. Aquelas que já existem estão aí para serem cumpridas. Corrupto, tem que ir para a cadeia. Empresa que frauda licitações, superfatura e paga propina tem que ser proibida de contratar com o poder público. Político corrupto tem que perder o mandato. Afora isso, só resta o famoso, mas sem qualquer conseqüência prática,  jus esperneandi - o Direito de Espernear.
Roubar é crime, deixar roubar por omissão é crime, subornar é crime. Receber suborno é crime. Lavagem de dinheiro é crime. Formação de quadrilha é crime. O que precisa é cumprir a lei. Cadeia para corruptos é o que se espera.

Mas e a luz no final do túnel. Sopesando as evidências, os caminhos e as soluções viáveis, vejo que o Brasil tem dois caminhos. O principal é a punição rigorosa de todos os culpados, sejam eles quem forem, de que partidos forem. Ministros, senadores, governadores ou mesmo a presidente da República, tem contas a acertar com a Justiça. A segunda saída é um desastre para o país. Só nos resta apostar na Justiça. O povo nas ruas pode refrorçar o poder Judiciário e criar condições para uma decisão coerente e justa. Diferente disso, só resta a pizza.

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