Que Brasil
vai sair da crise?
Um turbilhão
de fatos negativos, de recordes de mau desempenho, de açodamento, vem
carregando as esperanças do povo brasileiro e, principalmente, do governo
Dilma. São 90 dias de administração, neste segundo mandato e está difícil de
ver uma luz no final do túnel.
Tenho
procurado assistir as avaliações mais centradas, mais importantes, para
entender o que está acontecendo com o distanciamento necessário. Por convicção,
sou contra partidos corruptos. Neste momento, essa convicção se exterioriza na
figura do PT, mas não dá para livrar ninguém. Ou pelo menos, poucos se salvam.
Mas e a tal
de “luz no fim do túnel”? Se esperar uma solução do Congresso Nacional, pode
vir um impeachment, que não tenho razões para acreditar que seja uma solução
razoável. Intervenção militar, nem pensar. Exército tem que cuidar da segurança
nacional.
O Judiciário
vive uma crise de credibilidade das mais graves, desde que figuras carimbadas
foram alicerçadas à condição de detentores do sagrado dever de mediar as lides
mais importantes, com a isenção e a magnitude de verdadeiros magistrados. Ainda
assim, parece que só resta o Judiciário.
As
discussões que vemos em todos os cantos, eliminada a paixão
ideológico-partidária, a falta de senso, o fanatismo exacerbado, leva-me a
acreditar que há uma busca desenfreada por soluções. Muitas, apenas para
postergar soluções, outras paliativas e outras tantas, sem qualquer fundamento.
O Brasil não
precisa de novas leis. Aquelas que já existem estão aí para serem cumpridas.
Corrupto, tem que ir para a cadeia. Empresa que frauda licitações, superfatura
e paga propina tem que ser proibida de contratar com o poder público. Político
corrupto tem que perder o mandato. Afora isso, só resta o famoso, mas sem
qualquer conseqüência prática, jus
esperneandi - o Direito de Espernear.
Roubar é
crime, deixar roubar por omissão é crime, subornar é crime. Receber suborno é
crime. Lavagem de dinheiro é crime. Formação de quadrilha é crime. O que
precisa é cumprir a lei. Cadeia para corruptos é o que se espera.
Mas e a luz
no final do túnel. Sopesando as evidências, os caminhos e as soluções viáveis,
vejo que o Brasil tem dois caminhos. O principal é a punição rigorosa de todos
os culpados, sejam eles quem forem, de que partidos forem. Ministros, senadores,
governadores ou mesmo a presidente da República, tem contas a acertar com a
Justiça. A segunda saída é um desastre para o país. Só nos resta apostar na
Justiça. O povo nas ruas pode refrorçar o poder Judiciário e criar condições
para uma decisão coerente e justa. Diferente disso, só resta a pizza.
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